Folha de S. Paulo


Temer indica injeção de R$ 13 milhões no Carnaval do Rio de Janeiro

O presidente Michel Temer indicou nesta terça-feira (25) que poderá injetar um aporte de R$ 13 milhões no Carnaval de 2018 do Rio de Janeiro. Em reunião com representantes de escolas de samba, o peemedebista acenou positivamente à reivindicação das agremiações cariocas, que reclamam do corte de recursos por parte da prefeitura fluminense.

Lalo de Almeida - 19.fev.12/Folhapress
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No encontro, o presidente pediu que o tema seja conduzido pelos ministros Sérgio Sá Leitão (Cultura) e Marx Beltrão (Turismo). A ideia do peemedebista é disponibilizar o montante por meio de patrocínios de empresas estatais, pela lei de incentivo à cultura ou por recurso orçamentários, previstos para as duas pastas.

O ministro da Cultura disse que a pasta fará "o que estiver ao seu alcance" para ajudar as agremiações de samba. Ele ponderou, no entendo, que ainda não está definido como será o modelo de financiamento. "O governo brasileiro reconhece a importância do carnaval e faremos o que estiver ao nosso alcance para que possa ocorrer em 2018 com ainda mais força e possa ser um dinamizador da economia brasileira", disse.

Na reunião, no Palácio do Planalto, as escolas de samba reclamaram da falta de recursos para ensaios e alegorias.

"O presidente disse que vai suprir os recursos que forem necessários. Nós pedimos uma intervenção federal no Carnaval do Rio de Janeiro", disse o deputado federal Pedro Paulo (PMDB-RJ), que participou do encontro.

Em reunião de representantes de escolas de samba, como Mangueira, Beija-Flor e Porela, com o novo ministro da Cultura, na tarde desta terça-feira (25), ficou decidido que será criado um grupo de trabalho para estudar formas de dar o apoio –se ele será feito por repasse direto de verbas orçamentárias, por meio de incentivos fiscais ou por outro caminho.

O ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Moreira Franco, convocou para esta quarta-feira (26) mais uma reunião com os ministros da Cultura e Turismo para discutir o assunto.

Para definir o modelo de financiamento, representantes das escolas de samba, como Mangueira, Beija-Flor e Porela, se reunirão com o novo ministro da Cultura na tarde desta terça-feira (25).

Para Pedro Paulo, o prefeito Marcelo Crivella está fazendo um "ataque frontal" à cultura do Rio de Janeiro e uma "covardia" ao colocar a população contra a festa popular.

O ajuste fiscal promovido pelo prefeito atingiu as finanças de eventos da cidade. O prefeito vai cortar pela metade –de R$ 2 milhões por escola para R$ 1 milhão – a subvenção que o município dá às escolas de samba do Rio de Janeiro.

Em um momento de caixa apertado, ele diz que quer alocar os recursos na educação. A Riotur afirmou que vai buscar apoio da iniciativa privada para compensar o corte de 50% nos repasses para as escolas de samba, que receberão R$ 1 milhão cada.


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