Folha de S. Paulo


Humberto Saade (1938-2017)

Mortes: Bom de marketing, liderou império da moda

Começo dos anos 1980, Times Square, Nova York. De repente, um letreiro exibe por 30 minutos a frase "Welcome Humberto Saade", como se anunciasse a chegada de um importante chefe de Estado.

Saade podia não ter a relevância de um presidente, mas sabia se vender como um. Rei do marketing, alugou o painel e pagou caro para ver seu nome em letras garrafais, seguido do de Luiza Brunet –foi ele quem lançou a modelo ao estrelato, como garota propaganda de sua marca Dijon, e estavam na cidade para uma premiação.

Além de Brunet, que chamou atenção com ensaios de topless e calças justíssimas, estamparam os anúncios de jeans da marca modelos até então desconhecidas, como Monique Evans –sempre acompanhadas, seja nas campanhas publicitárias seja nos eventos sociais, de Saade.

Parte do sucesso da marca se devia também à sua ex-mulher, Madeleine, prima que Saade conheceu quando foi visitar parentes no Líbano. Ela, herdeira de um banqueiro e então namorada do filho do presidente, largou tudo para vir ao Brasil com Saade, sem falar uma palavra de português. Além do sucesso nos negócios, o casal protagonizava grandes festas na alta sociedade carioca.

Nos últimos tempos, Saade sentia saudades do sucesso dos anos 1980 e passava as tardes no clube Monte Líbano, conta sua filha, Tamima.

Fumante inveterado, sofreu uma parada cardíaca e morreu na madrugada de terça (11), aos 78. Deixa Tamima e um neto, Humberto. A missa de 7º dia acontecerá na quarta (19), na igreja N. Sra. da Paz, em Ipanema, às 18h30.

Reprodução/Instagram
O empresário Humberto Saade e a modelo Luiza Brunet *** ****
O empresário Humberto Saade (1938-2017) e a modelo Luiza Brunet

coluna.obituario@grupofolha.com.br

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