Folha de S. Paulo


Walter Fontoura (1936-2017)

Mortes: Montou time de craques em jornal carioca

Ele nasceu no dia 8 de julho em Vila Isabel em 1936, no Rio, e sonhava ser diplomata. Filho de um oficial da Aeronáutica, Walter Fontoura começou sua vida profissional como comissário de bordo da Panair, mas deixou os aviões de lado um ano depois.

Aos 20 anos, entrou pela primeira vez numa Redação para nunca mais deixar o jornalismo. Foi trabalhar no carioca "O Jornal", de Assis Chateaubriand.

Em 1966, foi contratado pelo "Jornal do Brasil". Lá, foi colunista, editorialista, editor-chefe e diretor. No comando da Redação, Fontoura liderou a cobertura de uma série de casos marcantes durante a ditadura.

"O Walter Fontoura sabia montar e liderar uma equipe espetacular sem receios ou inseguranças com o brilho dos chefiados. Levou para o 'JB' em 1974 craques como Elio [Gaspari], Marcos [Sá Corrêa], Dorrit Harazim, Paulo Henrique Amorim, e fez o jornal nadar de braçada na abertura do [presidente Ernesto] Geisel (1974-1979), desafiando os limites da ditadura", disse o jornalista Cezar Motta, que vai publicar neste ano um livro sobre o diário carioca.

Fontoura também foi diretor da sucursal de São Paulo de "O Globo", entre 1985 e 1997. Em 2000, o jornalista juntou-se aos amigos e publicitários Luiz Sales, Alex Periscinoto e Sergio Guerreiro para fundar a SPGA Consultoria de Comunicação.

Em 2015, Fontoura foi diagnosticado com um câncer agressivo, mas continuou trabalhando na empresa. Na madrugada de terça (4), ele morreu de insuficiência respiratória no Hospital AC Camargo, em São Paulo. O jornalista deixou mulher, duas filhas e cinco netos.

A missa de sétimo dia será na terça (11), ao meio-dia, na Igreja de São José, no Jardim Europa.

Reprodução/Facebook/Walter Fontoura
do jornalista Walter Fontoura
Walter Fontoura (1936-2017)

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