Folha de S. Paulo


Cantor Victor é indiciado em Minas sob suspeita de agredir a mulher

Alex Palarea/AgNews
Victor Chaves
O cantor Victor Chaves, da dupla Victor e Léo

A Polícia Civil de Minas Gerais indiciou o cantor Victor Chaves, 41, da dupla Victor e Léo, por suspeita de agressão à sua mulher, Poliana Bagatini Chaves, 29.

A conclusão do inquérito foi divulgada nesta terça-feira (4). A polícia aguardava a conclusão da perícia nos vídeos do circuito interno de televisão do prédio onde mora o cantor.

Segundo nota oficial da polícia, o órgão "concluiu pelo indiciamento de Victor Chaves pela contravenção penal prevista no artigo 21, do Decreto Lei 3.688/41, vias de fato, conforme demonstrado no laudo pericial das imagens das câmeras de segurança do prédio e pelo depoimento da vítima."

O inquérito foi encaminhado à Justiça e, caso seja condenado, o cantor as penas principais variam entre prisão simples e multa.

A reportagem procurou a assessoria de imprensa do cantor, mas ela ainda não se manifestou. Em vídeo postado em sua conta no Instagram, o cantor declarou que foi indiciado por contravenção e não machucou ninguém. "O que eu pratiquei foi um ato de desespero para conter uma pessoa que estava completamente fora de si para pegar uma criança de um ano. Pela minha filha, o que eu fiz, eu faria de novo", afirmou.

Anteriormente, ele havia negado a agressão, dizendo que houve um desentendimento familiar por ter levado a filha do casal para o apartamento de sua mãe.

No dia 24 de fevereiro, Poliana, que está grávida, foi até a delegacia e afirmou que Victor a empurrou no chão e a agrediu com vários chutes.

AGRESSÃO

Segundo a delegada Danúbia Quadros, chefe da Demid (Divisão Especializada no Atendimento à Mulher, ao Idoso e à Pessoa com Deficiência), a agressão, de acordo com o depoimento de Poliana, teria ocorrido no hall de entrada e no elevador do prédio. A delegada explicou que o condomínio não quis fornecer a cópia da gravação e foi necessária uma determinação judicial para ter acesso às imagens.

A outra prova que fez parte da investigação, o laudo do exame de corpo e delito ao qual Poliana se submeteu no Instituto Médico Legal (IML) após registro da queixa, não apresentou resultado aparente de agressão. "Deu negativo", afirmou a delegada.

Poliana procurou a delegacia na noite do dia 24 de fevereiro, mas não aguardou para prestar depoimento, pois alegou que estava com a pressão baixa. Retornou no dia seguinte e relatou que houve um desentendimento entre ela e Victor, pois o cantor pegou a filha do casal, de um ano e um mês, e levou para o apartamento da mãe dele, localizado no mesmo prédio, porém, no andar abaixo.

"Ela disse que ficou nervosa com a situação, pois não autorizou a ida da bebê no apartamento da sogra", disse a delegada. Ainda pelo relato, Poliana então desceu ao andar de baixo para "tirar satisfação" e que Victor se posicionou do lado da mãe dele na discussão.

"[Poliana] ficou nervosa e disse que pegaria a filha e iria embora. Segundo ela, depois dessa postura, ele [Victor] a jogou no chão e desferiu vários chutes. Um deles acertou na perna dela", afirmou a delegada.

No mesmo dia que Poliana foi à delegacia, a mãe de Victor, Marisa Chaves, também registrou uma ocorrência e afirmou que Poliana foi ao apartamento dela transtornada e quebrou vários objetos. Poliana publicou uma carta, dois dias depois da denúncia, na qual afirmou que não considerou que tivesse ocorrido qualquer crime, principalmente, praticado por Victor.


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