Folha de S. Paulo


Em crise, Hospital São Paulo suspende internações sem emergência

A Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) decidiu, nesta quinta-feira (30), diminuir a demanda de pacientes e atender apenas internações de urgência e emergência do Hospital São Paulo, na Vila Clementino, zona sul de São Paulo.

A justificativa da instituição é a impossibilidade de manter os estoques de insumos hospitalares e medicamentos necessários para o atendimento do hospital universitário.

A medida, segundo a decisão tomada pelo conselho gestor e a direção executiva da Unifesp, visa minimizar os riscos aos pacientes internados. O atendimento ambulatorial e outros serviços, como o setor de quimioterapia, serão mantidos.

Em nota, a universidade afirma que "a grande demanda de pacientes de alta complexidade assistidos pela instituição, iniciando-se no pronto-socorro, e a desestruturação de outras unidades públicas de atendimento à saúde, inevitavelmente impactam ainda mais o hospital, sobrecarregando a equipe profissional e causando desequilíbrio financeiro".

O hospital atende, em média, até 1.500 pessoas por dia no pronto-socorro. Segundo a instituição, a inflação e os dissídios salariais geraram um aumento obrigatório de 60% nos gastos de 2010 a 2016.

A Unifesp também diz que a crise econômica e o aumento de pacientes no SUS agravaram a crise do hospital e que alertou os ministérios da Educação e da Saúde sobre a situação.


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