Folha de S. Paulo


Alemão que vive há três meses em aeroporto de SP agride mulheres

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Um alemão que vive há três meses no aeroporto internacional de Guarulhos, na Grande São Paulo, está agredindo pessoas que frequentam os terminais do local.

O homem é Stephan Brode, de 44 anos. Ele chegou em novembro, vindo de um voo de Casablanca, no Marrocos, e faria uma conexão para ir a Nova York e retornar ao seu país natal, em Frankfurt. Brode teria perdido a conexão, não conseguido pagar para remarcar o voo e vive no aeroporto de Cumbica desde então.

Reprodução/Câmeras de segurança - GRU
Momento em que o alemão Stephan Brode agride mulher na entrada de Cumbica, registrado pelas câmeras de vigilância
Momento em que o alemão Stephan Brode agride mulher na entrada de Cumbica

Sem comida, o alemão mexe nos cestos de lixo do aeroporto e espalha sujeira pelo local. Além disso, apresenta comportamento violento.

Já são ao menos seis relatos de vítimas de agressão. Um deles é de uma funcionária de uma companhia aérea. Outras duas agressões foram registradas pelas câmeras de segurança do aeroporto –ambas, também contra mulheres.

Em uma delas, Brode, alto e robusto, levanta do banco em que está sentado, para na frente de uma mulher sentada a poucos metros e desfere dois tapas no rosto dela. Assustada, a mulher e as pessoas em volta deixam os bancos.

Na outra, o alemão discute com uma mulher na entrada do aeroporto e empurra a sua cabeça. O homem que a acompanha retruca e o casal deixa o local.

INDIFERENÇA

A administração do aeroporto informa que não tem poder de polícia para interferir na situação, mas que monitora 24h a circulação de Brode no local, reportando aos órgãos de segurança competentes

Não foram registrados boletins de ocorrência por causa das agressões, o que abriria investigação policial. Como o alemão está há mais de 90 dias no Brasil, sua presença já é irregular e ele deve ser deportado em breve –provavelmente com escolta, por causa do seu comportamento.

Em nota, o Consulado Geral da República Federal da Alemanha disse que está cuidando do caso, mas que não divulgará informações para preservar a privacidade de Brode. "Oferecemos todo o apoio consular possível. Mantemos um contato estreito e cooperamos com todas as autoridades brasileiras competentes".


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