Folha de S. Paulo


Waze quer serviço de carona no Brasil, mas diz que não será novo Uber

Nir Elias/Reuters
Aplicativo Waze quer iniciar serviço de caronas no Brasil
Aplicativo Waze quer iniciar serviço de caronas no Brasil

O popular aplicativo de navegação Waze anunciou nesta quarta-feira (22) que pretende implantar no Brasil ainda em 2017 o serviço de caronas entre seus usuários. O anúncio foi feito durante evento do Google, dona do aplicativo, em São Paulo. Chamado de Waze Car Pool, o sistema promete ser diferente do Uber.

"Usuários do Waze farão algum dinheiro para cobrir custos, mas não o suficiente para serem profissionais. [O serviço] não será como táxi ou Uber. É para pessoas comuns que já se locomovem na mesma direção na cidade", disse a diretor global do Waze, Di-Ann Eisnor.

A ideia é que o motorista que use Waze tenha a opção de dar caronas para outro usuário do aplicativo que vá para uma região próxima ao seu destino. Aquele que pega a carona ajudará com os custos da viagem. O aplicativo se encarrega de conectar os dois usuários e fazer o pagamento.

O Waze diz que o serviço pode ajudar a diminuir o número de carros que trafegam pelas cidades, já que muitas vezes motoristas conduzem seus carros sozinhos por trajetos semelhantes.

A executiva chegou a dizer que se 50% dos carros em São Paulo deixassem de circular (uma redução extrema para dias de tráfego comum), viagens que duraram uma hora podem ser reduzidas em 10 minutos, e a velocidade média do deslocamento pode aumentar 25%.

Segundo Di-Ann, o problema de serviços deste tipo é que "nunca houve uma comunidade grande de motoristas e uma tecnologia fácil para conectar as pessoas".

Marcus Leoni/Folhapress
Trânsito lento no elevado Presidente João Goulart, no centro de São Paulo
Trânsito lento no elevado Presidente João Goulart, no centro de São Paulo

O serviço, no entanto, não tem data certa para chegar ao Brasil. Mas a empresa trabalha para trazê-lo à São Paulo, cidade que reúne o maior número de usuários do aplicativo no mundo. O Waze Carpool funciona de maneira experimental em Israel e em algumas áreas de São Francisco, nos EUA. No modelo atual, o motorista pode aceitar apenas duas corridas por dia e o pagamento do caronista é feito automaticamente pelo aplicativo.

Procurada, a Secretaria de Mobilidade e Transportes informou que ainda não houve contato com a atual administração municipal, e que a empresa "deve se adequar ao sistema de carona solidária na forma estabelecida pelo município".


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