Folha de S. Paulo


Domingos Theodoro de Azevedo Netto (1929-2017)

Mortes: Urbanista, criou planos diretores de SP e Belo Horizonte

O interesse pela cidade enquanto tecido cultural, lugar de encontro e de socialização de pessoas diferentes, celebração da diversidade. É assim que Cristina Azevedo, sobrinha do arquiteto Domingos Theodoro de Azevedo Netto, explica o amor do tio pelo espaço urbano.

Duca, como ele era conhecido, deixou São João da Boa Vista (SP) para entrar em uma das primeiras turmas da faculdade de arquitetura da USP.

Em 1952, ainda estudante, entrou para a Sagmacs (Sociedade para Análise Gráfica e Mecanográfica Aplicada aos Complexos Sociais).

Com o grupo, fez o primeiro grande plano de desenvolvimento de São Paulo, que considerava no planejamento da cidade os deslocamentos internos da população e outras questões urbanísticas, demográficas e econômicas, novidade para a época.

Fez também o plano diretor de Belo Horizonte, em 1961, com a Sagmacs, além do planejamento de cidades do interior paulista, conta a família.

Antes, em 1956, concorreu com arquitetos do escritório Stam no concurso de criação do plano de Brasília, vencido por Lucio Costa. No projeto, previam uma cidade adensada e com um sistema eficiente de transporte subterrâneo.

Casado com a psicanalista Íris Soares, "eram os tios supermodernos", define a sobrinha Cristina, que se lembra de suas coleções de filmes, livros e quadros. "Era uma pessoa muito sensível", diz ela.

Morreu na quarta (15), aos 87, por problemas cardíacos. Deixa um filho, Alexandre. A missa de sétimo dia acontece nesta terça (21), às 19h, na paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, em São Paulo.

Arquivo Pessoal
Domingos Theodoro de Azevedo Netto (1929-2017) com colegas na Emurb
Domingos Theodoro de Azevedo Netto (1929-2017), de cavanhaque e óculos

coluna.obituario@grupofolha.com.br

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