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Bloco de Daniela Mercury pagará taxa de R$ 60 mil à Prefeitura de SP

Eduardo Knapp/Folhapress
A cantora Daniela Mercury à frente do bloco Pipoca da Rainha, que lotou a rua da Consolação
A cantora Daniela Mercury à frente do bloco Pipoca da Rainha, que lotou a rua da Consolação

O bloco da cantora Daniela Mercury será o único a pagar uma taxa à prefeitura, no valor de R$ 60 mil, por ter tocado no Carnaval da cidade de São Paulo.

O show da cantora reuniu cerca de 500 mil pessoas no domingo (5), na rua da Consolação, segundo a organização. A Polícia Militar não deu estimativa.

"De acordo com os critérios estabelecidos pela Prefeitura de São Paulo para cobrança de taxa para o desfile dos blocos: ser de fora da cidade São Paulo, atrair um grande número de pessoas (milhares) e nunca ter desfilado no Carnaval de Rua de São Paulo, a Secretaria Municipal de Cultura esclarece que apenas o bloco Pipoca da Rainha, da cantora Daniela Mercury, deverá pagar uma taxa", afirma nota da Secretaria Municipal de Cultura.

Durante o show, a cantora falou sobre a "dificuldade" para tocar no Carnaval paulistano, mas prometeu voltar no próximo ano.

A prefeitura diminuiu o valor que cogitou cobrar dos blocos inicialmente. Antes do carnaval, Doria havia afirmado que cobraria R$ 240 mil para blocos se apresentarem na cidade.

Daniela chegou a reavaliar a participação no Carnaval paulistano devido ao valor, se não encontrasse patrocinadores.

O bloco teve entre seus patrocinadores a marca de cerveja Skol e o aplicativo ifood. "Eu não vou largar o Carnaval de São Paulo", disse Daniela, antes do show.

Daniela cantou por mais de seis horas, lotando vários quarteirões com foliões mesmo debaixo de chuva. Em um show com clima engajado, abordou temas como assédio contra mulheres, racismo e causa LGBT, sem deixar baixar o clima carnavalesco da festa.


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