Folha de S. Paulo


Prefeitura de SP estuda colocar grades na praça Roosevelt durante o Carnaval

Eduardo Anizelli - 4.out.2012/Folhapress
Jovens frequentam a praça Roosevelt durante a noite; prefeitura estudar grades para o local no Carnaval
Jovens frequentam a praça Roosevelt durante a noite; prefeitura estudar grades para o local no Carnaval

Para garantir a restrição à concentração e dispersão de blocos na praça Roosevelt (centro de SP) durante o Carnaval, a gestão João Doria (PSDB) estuda colocar grades em pontos de acesso à praça. O recurso já era utilizado na Vila Madalena (zona oeste) e será ampliado neste ano a outros bairros da prefeitura regional de Pinheiros.

"Ainda estamos discutindo. Seria para direcionar o fluxo, não uma coisa ostensiva", diz Eduardo Odloak, prefeito regional da Sé. Nesta segunda (13), o secretário municipal de Cultura, André Sturm, também ressaltou que não haverá "marcador" para contar o número de pessoas na Vila Madalena. "Não serão os muros que evitarão as pessoas de entrar, mas efetivamente as próprias pessoas."

Atendendo a reclamações de moradores afetados pela a bagunça, a prefeitura repetiu medida da gestão Fernando Haddad (PT), proibindo na região blocos com previsão de público maior que 20 mil pessoas. Como "ímã" da dispersão, haverá palcos com shows em três pontos da cidade –excluindo a periferia, que no ano passado também recebeu programação cultural.

Avener Prado - 06.fev.16Folhapress
Bloco Unidos do Swing em ensaio na praça Roosevelt no Carnaval do ano passado
Bloco Unidos do Swing em ensaio na praça Roosevelt no Carnaval do ano passado

Haverá palcos no Anhangabaú, na praça das Artes (ambos no centro) e no largo da Batata (zona oeste), com shows à tarde e até as 23h.

Em 2016, a gestão Haddad incluiu palcos em Pirituba (zona norte), M'Boi Mirim (zona sul) e Itaquera (zona leste). A iniciativa começou em 2015, só no largo da Batata.

Segundo a prefeitura, "a principal função dos palcos é a dispersão do público dos blocos". "As prefeituras regionais de Pinheiros e Sé reúnem a maior quantidade de blocos e precisam de ações específicas para auxiliar na dispersão, problema que não ocorre na periferia", afirmou, em nota, após a entrevista.

A quantidade de blocos em 2017, 391, aumentou 25% em relação a 2016. E o patrocínio –da Ambev e da Caixa– será de R$ 15 milhões, valor quatro vezes superior ao de 2016. Do montante, R$ 2,5 milhões serão gastos com varrição.

"A prefeitura gastará muito menos do que o ano passado", disse Sturm, sem especificar o valor que, segundo a gestão Doria, só poderá ser calculado após a celebração. No ano passado, a prefeitura investiu, além do patrocínio, R$ 7 milhões no Carnaval.

O número de diárias de banheiros químicos nas ruas quase dobrará, de 8.000 para 14 mil. Além disso, a prefeitura anunciou que o bloco da cantora Daniela Mercury está confirmado para o pós-Carnaval, por valor menor que os R$ 240 mil exigidos para grandes blocos de fora –a prefeitura aceitou negociar.


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