Folha de S. Paulo


Justiça de SP manda cúpula de facção para regime mais rígido por um ano

Rogerio Cassimiro - 8.jun.2006/Folhapress
Marcola acumula mais de 240 anos de prisão por crime como por roubo a banco e tráfico de drogas
Marcola, chefe do PCC, em 2006; cúpula da facção vai cumprir pena em regime mais rígido

A Justiça paulista determinou que Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, e mais dez pessoas ligadas à cúpula da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) fiquem mais um ano no sistema mais rígido de cumprimento de pena, no presídio de Presidente Bernardes (a 580 km de São Paulo).

O grupo já tinha sido colocado no RDD (regime disciplinar diferenciado) em dezembro do ano passado, por um prazo de 60 dias. Na decisão da última sexta-feira (10), porém, o tempo foi estendido para mais 360 dias.

O RDD é considerado o regime mais duro de prisão. Nele, os presos ficam isolados em celas individuais e só têm direito a duas horas diárias de banho de sol. Além disso, só pode receber visita de duas pessoas por semana, pelo período máximo de duas horas.

Além de Marcola, principal chefe da quadrilha, ficarão no regime mais rígido Valdeci Francisco Costa, Antonio José Muller Júnior, Paulo César Souza Nascimento Jr., Daniel Vinicius Canônico, Paulo Pedro da Silva, Eric Oliveira Farias, Paulo Felipe Esteban Gonzalez, Márcio Domingos Ramos, Airton Ferreira da Silva e Cleber Marcelino Dias dos Santos.

Segundo o Ministério Público, foi solicitada também a prorrogação da internação de Wilber de Jesus Merces, Marcos Paulo Ferreira Lustosa e Wanderson Nilton Paula Lima, mas pelo prazo de 20 dias.

Marcola cumpre pena de mais de 240 anos de prisão por crimes como roubo a banco, tráfico de drogas e envolvimento com o crime organizado –de acordo com a lei, deve cumprir no máximo 30 anos. Desde 2002, ele já foi transferido para o RDD algumas vezes.


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