Folha de S. Paulo


Corujão da Saúde tem aval de 67% dos paulistanos, mostra Datafolha

Adriano Vizoni - 10.jan.17/Folhapress
O prefeito João Doria conversa com estudante durante o início do programa Corujão da Saúde
O prefeito João Doria conversa com estudante durante o início do programa Corujão da Saúde

Em funcionamento há pouco mais de um mês, o programa Corujão da Saúde é avaliado como ótimo ou bom por 67% dos paulistanos, segundo pesquisa Datafolha.

O mutirão lançado pelo prefeito João Doria (PSDB) para zerar a fila de cerca de 485 mil exames na capital tem maior índice de aprovação entre pessoas com nível superior (69%) e com renda familiar entre cinco e dez salários mínimos (71%).

Opinião dos paulistanos sobre o programa de ampliação de exames (em %)

Para 47% dos entrevistados, a Prefeitura de São Paulo vai conseguir atender a maioria das pessoas dentro do prazo– até abril. Mas só 13% acreditam que todos os pacientes serão atendidos dentro do tempo prometido.

Os mais pessimistas em relação a essa meta, são os jovens entre 16 e 24 anos (9%). Os mais otimistas estão na outra ponta, os idosos acima de 60 anos (15%).

A maioria (52%) acredita que o prefeito João Doria tem dado a importância que o tema saúde merece.

Segundo o secretário municipal da Saúde, Wilson Pollara, até o momento, 120 mil pessoas já fizeram exames.

Cerca de 90 mil foram retirados da fila porque o pedido de exame tinha mais de seis meses e elas precisam passar por nova consulta.

Pollara diz que outros 70 mil pacientes foram procuradas e disseram que não precisavam mais do exame. "Já tinham feito em outro lugar, por exemplo", diz ele.

Dos que confirmaram, 40 mil não apareceram para fazer o exame na data agendada. "O mais incrível é que dos que já fizeram os exames, 85% tiveram resultados normais. Isso significa que não houve um protocolo de atendimento adequado", afirma.

Para ele, o fato de a prefeitura ter conseguido, em parceria com hospitais privados, realizar 120 mil exames em 30 dias é "um recorde". "Vamos conseguir bater a meta."

Apesar da avaliação positiva da população, entre os especialistas da saúde o programa é visto como paliativo.

"Se não atacar o que gera a fila por exames e consultas, como falhas na atenção básica de saúde e falta de médicos especialistas na rede, ela vai voltar", diz Mario Scheffer, professor da USP.

Datafolha avaliação Doria

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