Em funcionamento há pouco mais de um mês, o programa Corujão da Saúde é avaliado como ótimo ou bom por 67% dos paulistanos, segundo pesquisa Datafolha.
O mutirão lançado pelo prefeito João Doria (PSDB) para zerar a fila de cerca de 485 mil exames na capital tem maior índice de aprovação entre pessoas com nível superior (69%) e com renda familiar entre cinco e dez salários mínimos (71%).
Opinião dos paulistanos sobre o programa de ampliação de exames (em %)
Para 47% dos entrevistados, a Prefeitura de São Paulo vai conseguir atender a maioria das pessoas dentro do prazo– até abril. Mas só 13% acreditam que todos os pacientes serão atendidos dentro do tempo prometido.
Os mais pessimistas em relação a essa meta, são os jovens entre 16 e 24 anos (9%). Os mais otimistas estão na outra ponta, os idosos acima de 60 anos (15%).
A maioria (52%) acredita que o prefeito João Doria tem dado a importância que o tema saúde merece.
Segundo o secretário municipal da Saúde, Wilson Pollara, até o momento, 120 mil pessoas já fizeram exames.
Cerca de 90 mil foram retirados da fila porque o pedido de exame tinha mais de seis meses e elas precisam passar por nova consulta.
Pollara diz que outros 70 mil pacientes foram procuradas e disseram que não precisavam mais do exame. "Já tinham feito em outro lugar, por exemplo", diz ele.
Dos que confirmaram, 40 mil não apareceram para fazer o exame na data agendada. "O mais incrível é que dos que já fizeram os exames, 85% tiveram resultados normais. Isso significa que não houve um protocolo de atendimento adequado", afirma.
Para ele, o fato de a prefeitura ter conseguido, em parceria com hospitais privados, realizar 120 mil exames em 30 dias é "um recorde". "Vamos conseguir bater a meta."
Apesar da avaliação positiva da população, entre os especialistas da saúde o programa é visto como paliativo.
"Se não atacar o que gera a fila por exames e consultas, como falhas na atenção básica de saúde e falta de médicos especialistas na rede, ela vai voltar", diz Mario Scheffer, professor da USP.
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