Folha de S. Paulo


Grupo de drag queens é barrado em shopping da zona leste de SP

Reprodução/Facebook
Drag queen faz vídeo de protesto após ter sido barrada em shopping de SP
Drag queen faz vídeo de protesto após ter sido barrada em shopping da zona leste de SP

Um grupo de drag queens foi barrado no Shopping Penha, na zona leste de São Paulo, na tarde deste domingo (29), e acusa o estabelecimento de homofobia.

O estudante de jornalismo Nathan Vieira, 19, diz que ele e mais oito amigos foram ao shopping para almoçar durante o intervalo do curso de drag queen que fazem no Centro Cultural da Penha, por volta das das 15h, mas foram barrados por um segurança. "Era o último dia de ensaios e fomos ao shopping porque era o lugar mais próximo para comer", diz ele.

Segundo um relato divulgado no Facebook por outro integrante do grupo, que já tem cerca de 1.300 curtidas, o segurança alegou que "pessoas com maquiagem forte" não podem entrar no estabelecimento. Ainda segundo o texto, um dos amigos, que estava sem maquiagem, entrou no estabelecimento e acabou sendo retirado mesmo assim.

A entrada dos jovens só foi autorizada depois que eles chamaram a polícia. Diante do episódio, segundo eles, o chefe da segurança apareceu e argumentou se tratar de uma restrição à entrada de pessoas com máscaras, capacetes ou outros elementos que escondam o rosto.

Por meio de nota, o Shopping Penha afirmou que o episódio foi um fato isolado e "não condiz com a política do empreendimento". Disse também que a equipe da segurança foi fortemente reorientada a fim de que casos como este não se repitam.

O shopping afirma ainda que desde o início de sua operação "posiciona-se como um empreendimento voltado à comunidade, sem qualquer tipo de discriminação (por orientação sexual, social, racial, religiosa, política), e que está de portas abertas para receber seus visitantes".

Segundo Vieira, os amigos não registraram ocorrência, mas estudam procedimentos legais. "Não chegamos a ir para a delegacia, estamos primeiro consultando advogados para ver o que pode ser feito legalmente. Porque se não fizermos nada, o mesmo pode acontecer com outras pessoas", afirma.


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