Folha de S. Paulo


Surto de febre amarela no Brasil é o maior de série histórica, desde 1980

Com 88 casos confirmados, o surto de febre amarela do início de 2017 é o maior desde 1980, quando o Ministério da Saúde passou a disponibilizar dados da série histórica.

Foram confirmados no início da noite desta quinta-feira (26), pela Secretaria de Estado da Saúde de Minas Gerais, 84 casos da doença no Estado. São 15 novas confirmações –na quarta (25), o número total era de 69 doentes. O Estado também atingiu 40 mortes, contra 38 confirmadas ontem.

Somados aos dados de outros Estados divulgados no início da tarde desta quinta pelo Ministério da Saúde –Goiás e Mato Grosso do Sul apresentaram casos de suspeita da doença– o número supera pela primeira vez os 85 episódios registrados no Brasil em 2000, até então o mais alto da série histórica.

MAIOR SURTO DA SÉRIE HISTÓRICA - Evolução dos casos de febre amarela confirmados no Brasil

No total, são 423 casos em investigação, incluindo 61 mortes. Todos os casos no país são de febre amarela silvestre, transmitida por um ciclo que envolve macacos e mosquitos presentes em áreas rurais –não há registro da versão urbana da doença no Brasil desde 1942.

Naquele ano, segundo reportagem da Folha de janeiro de 2001, foram 39 mortes no país.

Outros picos de febre amarela aconteceram periodicamente no Brasil: em 1993, foram 83 casos registrados; em 1999, 76. A última epidemia da doença no país aconteceu nos anos de 2008 e 2009, com 46 e 47 casos, respectivamente. No ano passado, foram sete registros, com cinco mortes.

A taxa de letalidade média da doença na série histórica, segundo dados do ministério, é de 51,8% dos casos. No surto deste ano, entre os casos contabilizados, com 43 mortes confirmadas no território nacional, fica por volta de 49,5%.

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