Os roubos aumentaram no Estado de São Paulo em 2016, atingindo o maior número de casos desde 1999, de acordo com dados do governo Geraldo Alckmin (PSDB).
Já as vítimas de homicídios atingiram o menor patamar da série histórica, desde 2001. Com isso, o índice de vítimas por 100 mil habitantes chegou a 8,47.
Os roubos em geral aumentaram 5,19%, passando de 307.392 ocorrências em 2015 para 323.350 em 2016 no Estado. Na capital paulista, o aumento no mesmo período foi de 3,18% –variação de 154.706 para 159.633.
ROUBOS NO ESTADO DE SP - Em milhares
A maior alteração aconteceu nos casos de roubo de carga, que passaram de 8.490, em 2015, para 9.943 no ano passado, aumento de 17,11% no Estado. Na capital, houve alta de 15,79% nos casos, que passaram de 5.066 para 5.866.
"Tenho que reconhecer que precisamos melhorar bastante nossa forma de enfrentamento a este tipo de crime [roubos de carga]", afirmou o secretário da Segurança Pública, Mágino Barbosa.
O Estado registrou em 2016 a morte de 361 pessoas em assaltos, 2,03% a mais que no ano anterior, com 356 vítimas.
Os roubos e furtos de veículos permaneceram praticamente estáveis, com variação negativa de 0,9% nos roubos e 1,6% nos furtos no Estado.
HOMICÍDIOS
O número de vítimas de homicídio caiu 7,29% no Estado, passando de 3.963, em 2015, para 3.674 no ano passado. "Temos o menor índice do Brasil", disse Barbosa.
VÍTIMAS DE HOMICÍDIO NO ESTADO DE SP - Em milhares
Na capital, as mortes passaram de 1.057 para 887, redução de 16,08% no mesmo período –na capital, os números também atingiram o menor patamar desde 2001.
Apenas no interior houve aumento de vítimas de assassinato, que passaram de 1.935 para 1.994 (3,05%).
Tanto o Estado quanto a capital registraram aumento significativo de casos de estupro. As ocorrências subiram de 9.265 para 9.888, 623 casos a mais, o que representa um aumento de 6,72% entre 2015 e 2016. Já na cidade de São Paulo a alta foi maior, de 10,16%, passando de 2.087 para 2.299.
"De 70% a 80% dos crimes são cometidos por pessoas que conhecem a vítima. Quando esse tipo de crime acontece entre quatro paredes, a ação preventiva é muito difícil", afirma Barbosa.
Para ajudar a diminuir a incidência de casos de violência sexual, o secretário diz que os policiais militares agora poderão acessar dados de pessoas sobre as quais pesam medidas restritivas –que as impedem de se aproximar de algumas pessoas-, o que poderia ajudar a impedir crimes.