Folha de S. Paulo


Sindicato protesta contra impunidade após dez anos da cratera do Metrô

Moacyr Lopes Junior/Folhapress
Sindicalistas fazem ato, em frente a estação do metrô Pinheiros
Sindicalistas fazem ato, em frente a estação do metrô Pinheiros

O sindicato dos metroviários de São Paulo realizou na tarde desta quinta-feira (12), em frente à estação Pinheiros do Metrô, um protesto que marca os dez anos do acidente nas obras da linha 4-amarela, que deixou sete mortos em janeiro de 2007, no começo do governo José Serra (PSDB).

Os metroviários afirmam que a manifestação é contra a impunidade dos envolvidos no maior acidente da história do metrô paulista. Os sindicalistas distribuíram panfletos e realizaram discursos. às 14h20, horário do acidente, os manifestantes fizeram um buzinaço em frente à estação.

INOCÊNCIA

Em novembro de 2016, o Tribunal de Justiça inocentou em segunda instância todos os 12 réus no processo que investigava o acidente. Na primeira decisão da primeira instância, 14 réus também haviam sido inocentados no caso.

Entre os 12 acusados alvo de julgamento no Tribunal de Justiça havia 3 funcionários da estatal (de médio ou baixo escalão, como gerentes e fiscais, mas ninguém da cúpula) e 9 das empreiteiras ou de terceirizadas (engenheiros, projetistas e um diretor).

"As empreiteiras que foram acusadas no processo não sofreram nenhuma punição e ainda estão em atividade em outros consórcios de construção do Metrô, como o da linha 6-laranja, por exemplo", conta Alex Santana, diretor do sindicato.

Sobre o caso recai ainda a suspeita de propina paga pelas construtoras para se livrarem de acusações. O caso foi revelado pela Folha.


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