Após o prefeito eleito João Doria (PSDB) chamar a cidade de "lixo vivo", a apresentação dos últimos 12 prefeitos regionais nesta quarta-feira (7) foi marcada pela promessa de melhora na zeladoria dos bairros.
"Eles [chefes das regionais] terão metas a serem cumpridas. Serão cobrados", disse o vice-prefeito e secretário das Prefeituras Regionais, Bruno Covas (PSDB). "Uma das grandes cobrança aos subprefeitos é zeladoria, cuidar da cidade de São Paulo".
Os titulares das regionais admitem o desafio de melhorar a zeladoria, um dos pontos mais criticados na gestão de Fernando Haddad (PT), em meio a cortes de 15% de contratos e redução do pessoal.
"Vamos ter que fazer mais com menos. Vamos entrar em contato com as secretarias, vai ser um esforço conjunto", disse o escolhido para administrar a Vila Prudente (zona leste), Jorge Farid Boulos Vou Chebl, que é comerciante e já atuou como assessor na regional.
Propostas para as subprefeituras
A região sofre com consequências dos atrasos na linha 15-prata do metrô, que atraem pichações e acúmulo do entulho. Questionado sobre o assunto, ele afirmou que atuará na conscientização da população para evitar vandalismo e descarte irregular de lixo.
Os regionais ainda não sabem como será feita a montagem da equipe que atuará nas regiões, bastante cobiçadas por vereadores que querem indicar seus aliados.
"É a equipe de governo quem vai montar essa equipe, eu não tenho ideia hoje", disse o futuro regional do Ipiranga (zona sul), Amândio Martins, que já foi subprefeito da Lapa.
Heitor Sertão, escolhido para a região do Campo Limpo (zona sul), afirmou que espera ter autonomia na montagem de sua equipe. Ele trabalhou na Sabesp e já foi subprefeito do Campo Limpo e Jabaquara.
Na nova leva de 12 anunciados para as Prefeituras Regionais, oito já foram subprefeitos em outras gestões ou tiveram cargos nas subprefeituras.
Do total de 32 subprefeitos regionais, apenas três são mulheres.