O rompimento da barragem de Fundão, em 5 de novembro passado, foi apenas o ponto de partida da maior tragédia ambiental do Brasil. Quase um ano após 40 bilhões de litros de lama matarem 19 pessoas e se espalharem por 650 km, o rejeito de minério não removido pela mineradora Samarco pode agravar o desastre.
O período chuvoso, que já começou e vai até março pelo menos, traz o risco de que a lama derramada pela empresa volte a poluir os rios, mate peixes e fauna marinha, corte abastecimento de água e prejudique a população ribeirinha, de Mariana, em Minas Gerais, ao litoral do Espírito Santo.
Entre os dias 6 e 17 de outubro, a Folha viajou por toda a região impactada, entre Mariana (MG) e Linhares (ES), e à cidade espírito-santense de Anchieta, para onde a Samarco escoava a produção. No caminho, encontrou atingidos que ainda não conseguiram retomar as suas vidas normalmente e municípios que tiveram a receita devastada pela ruptura.
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