Folha de S. Paulo


Dez anos após acidente da Gol, sistema aéreo avança, mas tem gargalos

Jorge Araújo - 19.abr.2007/Folhapress
Desastre aéreo do voo 1907 da Gol: destroços do avião permanecem na selva, junto com restos de remédios e roupas das vítimas. Seis meses após o maior acidente da aviação brasileira, os destroços do Boeing-737/800 da Gol permanecem no local da queda, na floresta amazônica em Mato Grosso. Parte do cenário da tragédia que matou 154 pessoas e catalisou a crise aérea pela qual passa o país continua intacta. Em 29 de setembro de 2006, o Boeing e um jato executivo Legacy-600 da Embraer (Empresa Brasileira de Aeronáutica), comprado pela empresa norte-americana ExcelAire, chocaram-se no ar. O Boeing caiu na floresta, matando todos que estavam a bordo, e o jato conseguiu pousar sem nenhum ocupante ferido. O avião caiu na terra indígena Capoto-Jarinã, em Peixoto de Azevedo (741 km de Cuiabá). Para chegar ao local, são três horas de barco e outras três horas por uma trilha aberta por índios logo após o acidente, a partir da margem do rio Jarinã. (Mato Grosso, 19.04.2007. Foto de Jorge Araújo/Folhapress)
Desastre aéreo do voo 1907 da Gol: destroços do avião na selva, com restos de remédios e roupas das vítimas, seis meses depois

Na tarde de 29 de setembro de 2006, um Boeing da Gol e um jato executivo Legacy se chocaram no ar sobre a Amazônia. A colisão, que matou 154 pessoas, é uma das maiores tragédias da história da aviação no Brasil e ajudou a desencadear uma crise aérea sem precedentes no país.

Voo 1907

Profissionais da aviação afirmam que, desde então, a atividade no país se tornou mais segura devido ao avanço da estrutura tecnológica. Porém, ainda apontam problemas, como a persistência de carga exaustiva e falhas de comunicação –críticas que a Aeronáutica nega.

Hoje, apesar de condenados pela Justiça brasileira, os pilotos do Legacy seguem na ativa no setor da aviação nos Estados Unidos e não cumpriram pena. As famílias das vítimas ainda aguardam que as punições sejam aplicadas para dar conclusão ao luto.

Dez anos depois, a Folha falou com pilotos, controladores de voo, familiares das vítimas e membros da Aeronáutica responsáveis pelas buscas para entender as consequências do acidente. Confira a reportagem especial Voo 1907


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