Folha de S. Paulo


Ministro de Minas e Energia defende volta da operação da Samarco

O ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, afirmou que os Estados e cidades atingidas pelo rompimento da barragem da Samarco em Mariana (MG), em novembro de 2015, têm o desejo de que a empresa volte a operar.

De acordo com ele, no entanto, essa população só aceitaria uma volta caso todos os reparos e investimentos em segurança da operação fossem realizados pela empresa, que é propriedade das mineradoras Vale e BHP Billiton.

Para o ministro, respeitando as normas ambientais e investindo para que outro rompimento não ocorra, o governo "não vê dificuldade para a empresa voltar às atividades". Ele acrescentou, porém, que não há previsão para isso.

"Estamos falando de milhares de empregos, milhares em arrecadação em um momento de extrema dificuldade", afirmou Coelho Filho. "Isso não é só de interesse da empresa. É da população."

A Samarco estuda, atualmente, a reutilização do Vale do Fundão –área de Mariana onde a barragem se rompeu– como reservatório de rejeitos de minério.

O rompimento causou a morte de 19 pessoas e liberou uma onda de lama que devastou vilarejos e deixou um rastro de destruição ao longo do rio Doce, até o litoral do Espírito Santo. Coelho Filho reforçou que o episódio foi uma tragédia.

"O que aconteceu com a Samarco foi uma tragédia, lamentável, mas precisamos ouvir quem está próximo. Se você conversa com o governo de Minas, com o Estado do Espírito Santo, com as cidades ali do entorno, todos eles querem, evidentemente com mais segurança que, feitos os reparos, a Samarco possa voltar operar", disse.

Coelho Filho, porém, não deu um prazo. "Eu não quero dar um timing. Há muitos compromissos que eles ainda precisam cumprir", afirmou o ministro, que participou nesta quinta (15) de uma reunião sobre o setor elétrico na sede da Firjan (Federação das Indústrias do Rio).

O Caminho da Lama


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