Folha de S. Paulo


Zona Azul poderá ser paga por aplicativo de celular a partir de 2ª

A partir da próxima segunda-feira, o pagamento por vagas de zona azul poderá ser feito por aplicativos de celular. A longo prazo, a ideia da gestão Fernando Haddad (PT) é dar fim aos cartões de estacionamento de papel.

Um decreto que autoriza a cobrança digital será publicado no "Diário Oficial" da cidade nesta sexta-feira (8).

Marcus Leoni/Folhapress
Local de Zona Azul para estacionamento de motos em SP; prefeitura estuda cobrar pela vaga
Local de Zona Azul para estacionamento de motos em SP; prefeitura estuda cobrar pela vaga

O usuário do sistema poderá comprar o equivalente a um CAD (cartão azul digital) –R$ 5 a hora, mesmo preço do modelo de papel usado hoje– ou vários créditos que podem ser abatidos à medida que vão sendo usados.

Já os fiscais da CET vão dispor de um sistema que informará, por meio do número da placa, se o veículo pagou pela hora de estacionamento na rua. Para a prefeitura, além de modernizar a cobrança, o novo modelo
evita, por exemplo, pagamentos acima da tabela, praticados por flanelinhas que chegam a cobrar R$ 8 pelo bilhete.

Segundo o secretário municipal de Transportes, Jilmar Tatto, entre os aplicativos, há dois que funcionam somente pelo sistema Android e um pelo Android e também pelo iOS (iPhone).

As plataformas foram criadas por três empresas (Sertell, Estapar e Digipare), que ficarão com 10% da receita de cada cartão eletrônico vendido.

Os três aplicativos têm funcionamento parecido. Após baixá-lo no celular, o motorista deve fazer um cadastro no qual informará o número de celular, os números de placas de carros que usarão o serviço e o cartão de crédito como forma de pagamento.

Infográfico: Raio-x da Zona Azul

Com o cadastro feito, o dono do carro pode comprar os créditos. No momento do estacionamento, ele terá que acionar o aplicativo, fazer a opção de placa e liberar o uso do crédito pelo tempo determinado. Por mensagem de texto, o dono do carro será avisado que o tempo de estacionamento já está perto de vencer, recebendo um "alarme" para nova ativação ou retirada do veículo do local.

Não haverá, por enquanto, a cobrança fracionada. Ou seja, são cobrados os mesmos R$ 5, independentemente de a vaga ser usada por dez minutos ou uma hora. Pelo menos um dos aplicativos prevê oferecer a opção de desconto de 10% para os clientes que comprarem 10 cartões eletrônicos. Todos mostrarão o histórico de compras e terão mapas indicativos das ruas.

Para atuarem, as empresas terão que fazer uma compra mínima de 30 mil CADs.

PONTOS DE VENDA

Outra mudança será a instalação de pontos de vendas digitais de zona azul. Segundo a diretora financeira da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), Maria Lucia Begalli, a previsão é que isso ocorra em aproximadamente 20 dias.

Nesse modelo, o motorista poderá comprar créditos num estabelecimento comercial –banca de jornal, por exemplo– que fará o registro eletrônico, sem que seja necessário deixar o bilhete no carro, como é hoje. "São estratégias para acabar com o papel de vez", disse o secretário.


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