Folha de S. Paulo


Governo federal anuncia R$ 65 mi para novas pesquisas sobre o vírus da zika

Associated Press
O mosquito _Aedes aegypti_, transmissor da dengue, zika e chikungunya
O mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya

O governo federal anunciou nesta quinta-feira (2) um novo edital que prevê a liberação de R$ 65 milhões para pesquisas sobre prevenção, diagnóstico e tratamento do vírus da zika.

Os recursos, que fazem parte do Plano de Enfrentamento à Microcefalia, lançado em dezembro, devem ser liberados por meio dos ministérios da Saúde, Ciência e Tecnologia e Educação. A ideia é selecionar propostas para desenvolvimento de testes capazes de detectar o vírus, vacinas, repelentes e tecnologias para combate ao mosquito Aedes aegypti, que transmite o vírus.

Do total, cerca de R$ 20 milhões são do Ministério da Saúde, R$ 30 milhões da Capes, agência que regula a pós-graduação no país, e R$ 15 milhões do FNDCT (Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico).

Pesquisadores poderão encontrar o edital na página do CNPq. Os estudos devem ser concluídos em até quatro anos. Questionado, o ministro de Ciência e Tecnologia, Gilberto Kassab (PSD), negou que a medida ocorra de forma emergencial. "É necessária", disse.

ATRASO NOS REPELENTES

Em meio a críticas pelo atraso na distribuição de repelentes contra o mosquito Aedes aegypti, medida esperada para o início deste ano, o ministro da Saúde, Ricardo Barros, disse que a pasta deve fazer em breve a compra de produtos para distribuir às gestantes da rede pública.

Barros, no entanto, evitou dar prazos de quando deve ocorrer a compra e a distribuição. Inicialmente, a previsão era que os repelentes estivessem disponíveis até fevereiro, ainda durante o período de maior proliferação do mosquito e, com isso, de maior transmissão do vírus.

Até agora, porém, o produto ainda não foi adquirido pelo governo. "Vamos tentar de forma muito definitiva agora a compra dos repelentes que serão distribuídos a toda a rede pública para as populações de risco, especialmente as gestantes", afirmou ao fim do evento de lançamento do edital.

Ainda segundo o ministro, a pasta deve acompanhar a situação de outros bebês cujas mães foram infectadas pelo vírus da zika na gestação para verificar "reflexos tardios" do vírus além do quadro de microcefalia.

Doenças transmitidas pelo Aedes aegypti


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