Folha de S. Paulo


Suspeito de participar de estupro coletivo é jogador de futebol no Rio

Gabriel de Paiva - 26.mai.2016/Agência O Globo
Adolescente, vítima de estupro coletivo, deixa hospital ao lado da mãe, no Rio
Adolescente, vítima de estupro coletivo, deixa hospital ao lado da mãe, no Rio

Apontado como namorado da menor vítima de estupro coletivo no Rio, Lucas Perdomo, 20, é jogador do Boavista, clube da primeira divisão do futebol do Rio. A Polícia Civil cogita pedir à Justiça a prisão dele e de mais três homens suspeitos de envolvimento no estupro.

A polícia tenta identificar outros 29 homens –a menina, em depoimento, disse que ficou cercada por 33 homens armados com fuzis.

Ela disse que foi para a casa do namorado na madrugada de sábado (21), na comunidade da Barão, em Jacarepaguá. A partir daí, afirmou só se lembrar de ter acordando no dia seguinte, domingo, em outra casa.

Perdomo nega o crime, que estivesse com a jovem e que fosse seu namorado.

A investigação teve início após um vídeo da jovem, nua e desacordada, ser postado em redes sociais na terça (24). Na gravação, um grupo de homens, em meio a risadas, toca nas partes íntimas da garota e diz que ela foi violentada por "mais de 30". Em 2009, a lei 12.015 foi alterada e passou a considerar, além da conjunção carnal, atos libidinosos como crime de estupro.

Editoria de Arte/Folhapress
ONDE FOI O CRIME Caso é investigado pela Polícia Civil e Ministério Público do Rio

ADVOGADOS

Eduardo Antunes, advogado do jogador, disse que seu cliente é inocente. No dia do crime, o jogador estaria no baile funk do morro com outra mulher e a adolescente, com outro homem. Os dois casais teriam ido para uma casa e ficado em quartos separados.

O jogador teria ido embora antes de qualquer coisa acontecer com a vítima. Tanto a mulher que estava com Lucas quanto o homem que ele afirmou estar com a vítima foram levados para prestar depoimento.

Perdomo atua no clube desde 2014 como profissional. Com o final do Estadual do Rio, o jogador está de férias. Ele é filho de uma emprega doméstica e de um pastor evangélico, segundo companheiros de clube.

Os advogados do Boavista já acompanham o caso. O contrato de Lucas termina no final do ano. Caso seja comprovada a participação do atleta no estupro coletivo, o Boavista vai rescindir o contrato.

Lucas estreou no time profissional em 2014 na Copa do Brasil. Neste período, ele marcou quatro gols pelo Boavista.


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