Há poucas semanas, mais um jardim vertical ganhou forma e passou a chamar a atenção das pessoas que usam o elevado Costa e Silva, o Minhocão, na região central de São Paulo.
Instalado em uma das faces do edifício Santa Filomena, na rua Amaral Gurgel, o jardim junta-se a outras três obras que vão dando sentido ao chamado "corredor verde", projeto que tenta revitalizar visualmente a área. A primeira foi inaugurada em setembro.
Projetado pelo artista Pedro Wirz, a instalação, que começou a ser erguida em abril deste ano, tem a forma de uma carranca, imagem com formas meio humanas meio animalescas cuja lenda afirma trazer "proteção, vigília e prosperidade".
"Ficou mais bonito que aquele cinzento de antes. Gostei", afirmou a dona de casa Matilde de Araújo, 65, que mora em Santa Cecília (centro) há 25 anos.
Foram utilizados no local 640 metros quadrados de vegetação, com um valor investido de cerca de R$ 570 mil. A empresa responsável é a Tishman Speyer.
A intenção do Movimento 90º, que idealizou o corredor verde, é criar ao menos 8.000 metros quadrados de jardins verticais na região do elevado.
PRÓXIMAS INSTALAÇÕES
Novas instalações devem aparecer em breve mudando o visual do Instituto Mackenzie, na rua Maria Borba, e do edifício Condomínio Minerva, na rua Amaral Gurgel.
Ambientalistas avaliam que jardins verticais podem diminuir a temperatura interna das construções onde ficam, ajudam na produção de oxigênio e filtram poluentes e servem ainda para diminuir a poluição sonora.
Até agora, 18 projetos de criação de jardins verticais já foram apresentados à prefeitura, que mantém inscrições abertas para novas iniciativas no Minhocão.