Folha de S. Paulo


Ciclovia da av. Niemeyer deveria ser 12 vezes mais resistente, diz laudo técnico

A estrutura da ciclovia da avenida Niemeyer deveria ser, no mínimo, 12 vezes mais resistente para suportar a força das ondas no trecho que desabou no último dia 21 de abril.

Esta foi a conclusão de um estudo que está sendo conduzido pela Coppe/UFRJ em parceria com Instituto Nacional de Pesquisas Hidroviárias (INPH), encomendado pela prefeitura do Rio de Janeiro.

O desabamento da ciclovia, localizada na zona sul do Rio, causou duas mortes. O trecho havia sido inaugurado três meses antes, em 17 de janeiro, a um custo de R$ 44,7 milhões.

De acordo com a análise, uma onda de aproximadamente três metros de altura atingiu o paredão rochoso da avenida Niemeyer e, com o impacto no costão, a água subiu, chegou a 25 metros de altura e assim alcançou o nível da ciclovia.

Domenico Accetta, diretor do INPH, afirmou que a força da onda foi em torno de três toneladas por metro quadrado, sendo que a estrutura da ciclovia suportava o equivalente a meia tonelada no trecho atingido pelo mar.

"O que está claro é que a ciclovia poderá ser recuperada, seguindo todas as medidas de segurança, com uma solução mais simples do que se imaginava no início. Um dos objetivos é reconstruir já com o sistema de monitoramento adequado para alertar às pessoas em caso de ressaca", disse o prefeito Eduardo Paes, após a divulgação do resultado parcial da análise conjunta da Coppe com INPH.

Ainda não há previsão para a reabertura da ciclovia. Mas Paes diz acreditar ser possível reconstruir aquele trecho até o início dos Jogos Olímpicos, em agosto.


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