Folha de S. Paulo


Edmundo Sussumu Fujita (1950-2016)

Morte: Um nissei que sonhava em se tornar diplomata

Edmundo Sussumu Fujita conhecia bastante o mundo. Estudos, trabalho e passeios lhe deram a chance de explorar vários cantinhos. A última parada foi a Coreia do Sul, como embaixador do Brasil.

Mais velho de três irmãos, ele cresceu na região da Liberdade, centro de São Paulo, onde os pais tinham uma livraria, em funcionamento ainda hoje. Os estudos eram prioridade, e já na escola falava aos colegas que seria diplomata.

Cursou direito na USP e conseguiu bolsas nos EUA e no Japão, até entrar no Instituto Rio Branco –único a formar diplomatas no país. A aprovação chegou a ser noticiada nesta Folha, em 1974.

Nessa época, casou-se com a filipina Ligaya. Conheceram-se nos EUA e se reencontraram no Japão. Apaixonado, ele parou os estudos no meio do semestre para pedir a mão dela aos pais, em Manila. Voltaram casados para o Brasil.

Trabalhou na divisão do Itamaraty dedicada à Ásia, passou por Londres, Tóquio, Nova York, Indonésia, foi subsecretário na gestão FHC. Em cada lugar, tinha um foco: política, economia, tecnologia.

As mudanças não eram um problema. Gostava de estudar, explorar lugares, experimentar comidas. Nas horas vagas viajava para países ainda mais variados. Frequentava museus, concertos. Fazia encontros gastronômicos. Na Indonésia, aprendeu até a pintar.

Sério e sempre muito polido, adorava reunir amigos e a família. O último encontro foi em seu aniversário, quando também comemorou os seis anos de um sobrinho-neto.

Morreu dia 6, aos 66, devido a um câncer. Deixa mulher, irmãos, sobrinhos, primos e os quatro cachorros.

coluna.obituario@grupofolha.com.br

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