Folha de S. Paulo


Metrô de SP terá programa de demissões voluntárias, diz secretário

Ronny Santos - 17.abr.2015/Folhapress
SAO PAULO, SP, BRASIL, 17-04-2015 - METRO/LOTADO - LINHA CORINTHIANS ITAQUERA - Estacao de metro da Se lotada. Passageiros embarcam no Sentido Corinthians-Itaquera da linha vermelha.(Foto: Ronny Santos/Folhapress), AGO-CIDADES ***EXCLUSIVO AGORA *** EMBARGADA PARA VEICULOS ONLINE *** UOL E FOLHA.COM CONSULTAR FOTOGRAFIA DO AGORA *** FOLHAPRESS CONSULTA FOTOGRAFIA AGORA *** FONES 3224 2169 * 3224 3342 ***
Estação da Sé lotada; passageiros embarcam no sentido Corinthians-Itaquera da linha 3-vermelha.

O Metrô de São Paulo já está reduzindo seu quadro de funcionários e contará ainda com um plano de demissão voluntária (PDV), conforme declaração do secretário estadual dos Transportes Metropolitanos, Clodoaldo Pelissioni.

"Estamos num programa de equacionamento, chamando funcionários que já querem ir embora, que tem mais de 70 anos", disse Pelissioni, em entrevista para a rádio CBN na segunda-feira (11). O secretário afirmou também que deve ser aprovado em breve um PDV, em que serão pagos "três anos de plano de saúde para aqueles que quiserem sair".

Pelissioni atribuiu a necessidade das medidas à defasagem no aumento do valor das passagens nos últimos anos. "Tivemos um ano e meio com a mesma tarifa, a recomposição da tarifa em 2015 e agora um aumento menor do que a inflação. Temos que fazer um plano de ajuste pro metrô se manter", afirmou.

A diminuição do efetivo contrasta com o aumento no número de passageiros da rede metroviária. Nos últimos dez anos, o volume aumentou em 69%, apesar da lenta expansão da oferta de estações.

Ainda à CBN, Pelissioni disse que as estações restantes da linha 5-lilás serão entregues no prazo –três em julho de 2017, seis em dezembro de 2017 e uma em 2018.

As obras da linha 4-amarela devem ser retomadas em 90 dias e, a partir daí, o prazo é de um ano para a entrega da estação Higienópolis-Mackenzie. A entrega da linha completa está prevista para julho de 2019.

MOBILIDADE EM SP - Uso da rede sobre trilhos cresce, mas ônibus é o principal meio de transporte

Editoria de Arte/Folhapress

SEM DINHEIRO

Em março, a Folha revelou que o governo Geraldo Alckmin deu um calote de R$ 66 milhões na companhia. Sem receber recursos devidos pelo Estado, o Metrô abriu mão de investimentos e cortou custos em outras áreas de operação para arcar com uma obrigação que deveria ser do governo.

Dias depois, foi descoberto que ao menos cinco trens foram retirados de circulação para serem utilizados como estoque para reposição de peças dos trens em operação.


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