Folha de S. Paulo


Avião de Roger Agnelli não declarou emergência antes da queda em SP

O avião que caiu na zona norte de São Paulo no último sábado (19) não declarou emergência ao controle de tráfego aéreo do Campo de Marte.

No acidente, nas proximidades do Campo de Marte, morreram sete pessoas –o piloto e seis passageiros, entre os quais o executivo Roger Agnelli, ex-presidente da Vale. A aeronave bateu em um sobrado e explodiu.

É praxe que aviões com panes em momentos críticos, como a decolagem, declarem emergência, de modo que o controle de tráfego aéreo o auxilie –seja apenas para tomar ciência das intenções do piloto, seja ao deixar de prontidão as equipes de socorro ou checar pistas de pouso alternativas.

Editoria de arte/Folhapress

Nesse caso, a ausência de pedido de socorro indica uma queda súbita e que o piloto não teve tempo de informar o controle de tráfego aéreo. Único tripulante a bordo do turbo-hélice Compair CA-9, ele possivelmente se ocupava dos comandos necessários para manter o avião voando.

O avião, um modelo experimental Compair CA-9, decolou às 15h20 e caiu três minutos depois sobre um imóvel do Jardim São Bento, bairro residencial de alto padrão.

Como a Folha revelou nesta segunda (21), uma testemunha declarou à Aeronáutica que o avião fez dois estrondos semelhantes a uma explosão, um indício de pane no motor. A peça foi recolhida pelos investigadores entre os destroços no domingo (20).

A Aeronáutica informou nesta segunda que apura todas as hipóteses para o acidente.

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ACIDENTE NO CAMPO DE MARTE

O que os investigadores já sabem sobre a queda do monomotor

> Avião era novo e estava em situação regular na Anac
> Decolou às 15h20 e caiu três minutos depois
> Testemunha no Campo de Marte ouviu duas explosões durante a decolagem
> Piloto estava com habilitação em dia e tinha autorização para monomotores
> Avião não tinha caixa?preta de dados nem de voz. Pelo porte, não era obrigado a tê-las*


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