Folha de S. Paulo


Grupo escolheu famosas na internet para ganhar notoriedade, diz delegado

O delegado Alessandro Thiers, da Delegacia de Repressão a Crimes de Informática (DRCI) da Polícia Civil do Rio, disse que um grupo se formou, em diferentes pontos do país, para atacar pessoas de destaque na mídia. Entre elas, a atriz Taís Araújo.

A declaração foi dada em entrevista na tarde desta quarta (16), no Rio.

O mesmo grupo é suspeito de ataques contra a jornalista Maria Júlia Coutinho, da TV Globo, e as atrizes Sharon Menezes e Cris Vianna.

Pela manhã, cinco homens foram presos em diferentes Estados, acusados de integrar o grupo.

Havia mandados de prisão contra quatro deles: Pedro Vitor Figueira da Silva (SP), Tiago Zanfolim Santos Silva (BA), Francisco Pereira da Silva Junior (SC) e Gabriel Sampieri (PR). Sampieri já estava preso desde dezembro de 2015 na Casa de Custódia de Piraquara, por pedofilia.

Um quinto homem, William dos Santos Triste, foi preso em flagrante em Porto Alegre (RS). Durante a busca e apreensão em sua casa, foram encontradas fotos de crianças, entre um e cinco anos de idade, praticando sexo com adultos.

Reprodução
Taís Araújo recebe comentários racistas em página no Facebook
Taís Araújo recebe comentários racistas em página no Facebook

SÓ FAMOSOS

"Esse grupo resolveu atacar essas pessoas famosas para tentar notoriedade. O que acontece é que a internet deixa rastro e por isso foi fácil identificá-los", disse.

Segundo o delegado, os quatro presos responderão por organização criminosa, racismo e pedofilia. A Folha não teve acesso aos nomes de seus advogados. Aos policiais, todos preferiram informar que só prestarão esclarecimentos na Justiça.

O delegado Alessandro Thiers também afirmou que houve um aumento nos crimes praticados na rede.

"Todo mundo tem hoje um smartphone e aproveita isso para um desabafo. Melhor parar e pensar antes de fazer uma postagem."


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