Folha de S. Paulo


Mãe finge ser o filho em mensagens de celular e ajuda a prender pedófilo

Um homem de 38 anos foi preso em flagrante na terça-feira (8), pela Polícia Civil de São Bernardo do Campo (Grande SP), acusado de pedofilia, após a mãe de um menino, de dez anos, descobrir que o homem estava assediando sexualmente a criança por mensagens de WhatsApp.

A mulher resolveu se passar pelo filho e seguiu com as conversas, que continham cada vez mais teor sexual. Na casa do acusado, na cidade vizinha de São Caetano do Sul, a polícia encontrou vídeos dele mantendo relações sexuais com pelo menos outras oito crianças, além de farto material de pedofilia.

Segundo a polícia, o acusado agia há pelo menos oito meses na internet, frequentando grupos de discussão de escolas de toda a região. Fingia ser um adolescente de 12 anos, fã de futebol e videogame, e quase sempre usava isso para atrair e convencer suas vítimas a fornecer informações pessoais, como os números de celulares.

Era por meio de mensagens de celular que o assédio começava. O acusado quase sempre mandava desenhos com temática de pornografia infantil e depois falava sobre sexo com as crianças.

Allan White/ Fotos Públicas
WhatsApp, aplicativo de mensagens
WhatsApp, aplicativo de mensagens

PERIGO

Foi a insistência do acusado sobre o menino que chamou a atenção da mãe. Segundo ela, que não quer se identificar, houve ocasiões em que ele puxou conversa por mais de 30 vezes no mesmo dia.

Mas foi olhando o celular do filho que ela teve o choque. "Achei você lindo, quero você para mim, você me quer? Sua primeira experiência sexual vai ser comigo", dizia o homem, em trechos relatados pela polícia e que constam no boletim de ocorrência do caso.

Assustada, a mulher decidiu ir até a polícia. Foi orientada a marcar um encontro pessoal, mas o homem faltou ao encontro por duas vezes.

A polícia pediu e a Justiça decretou a prisão preventiva por cinco dias, além de autorizar um mandado de busca e apreensão à sua casa, onde o material pornográfico foi encontrado nos computadores pessoais do suspeito. Por motivos de segurança, a polícia não quis passar mais informações do autor.


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