O ministro da Saúde do Uruguai, Jorge Basso, confirmou neste domingo (21) o terceiro caso de dengue autóctone (ocorrida dentro do território nacional): uma mulher de 41 anos de Pocitos, bairro residencial de classe média alta em Montevidéu.
"A mulher de 41 anos vive em Pocitos, perto da casa onde foi detectado o primeiro caso", disse Basso em Paysandú, onde nesta segunda (22) acontece o Conselho de Ministros com a presença do presidente Tabaré Vázquez.
O ministro alertou para a existência de um surto epidêmico em três bairros de Montevidéu, onde há poucos dias também foi detectado o segundo caso de dengue autóctone. "Estamos diante de um surto de epidemia de dengue em áreas de Pocitos, Unión e Malvín Norte."
Em Malvín Norte foi registrado o segundo caso de dengue autóctone em uma pessoa de 30 anos, que teve os sintomas durante dez dias e recebeu alta porque não havia nenhum risco de contágio. A mulher de 41 anos, contudo, apresentou um quadro que "evoluiu de uma forma grave" e teve que ser hospitalizada, disse o ministro.
Desde o anúncio do primeiro caso de dengue autóctone, as autoridades de saúde trabalhar arduamente em conjunto com a Prefeitura de Montevidéu, para realizar pulverização localizada. O governo estuda a possibilidade de isentar o IVA dos repelentes, cujas vendas aumentaram depois da confirmação do primeiro caso, e pede aos uruguaios colaboração para eliminar os criadores do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, vírus da zika e chikungunya.
Até agora, em 2016, o Ministério da Saúde já investigou mais de 72 casos suspeitos de doenças relacionadas ao mosquito, mas só haviam confirmados oito casos de dengue, todos importados de outros países.
| Editoria de Arte/Folhapress | ||
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