Folha de S. Paulo


Após mortes em série, força-tarefa deixa Londrina sem prender suspeitos

Os policiais que integraram a força-tarefa montada em Londrina, no norte do Paraná, depois de uma série de assassinatos e feridos no fim do mês passado, deixaram a cidade nesta segunda-feira (15) sem que ninguém tenha sido preso ou que tivessem sido apontados suspeitos dos crimes.

A série de 11 assassinatos entre a noite de sexta-feira (29) e a madrugada de sábado (30) de janeiro iniciou-se com a morte do policial militar Cristiano Luis Botino, 34.

Na sequência, entre 23h30 da sexta e 3h35 do sábado, outras dez pessoas morreram a tiros, a maioria jovens na faixa de 19 a 28 anos, sendo uma das vítimas mulher. Além dos 11 mortos, outras 15 pessoas ficaram feridas, também a bala. Casas das vítimas ficaram com marcas de balas.

A polícia não descarta a hipótese de os assassinatos terem ocorrido como vingança pela morte do PM. Foi o quinto policial morto desde o início do ano no Estado, além de outros dois feridos, segundo a Sesp (Secretaria de Segurança Pública e Administração Penitenciária).

Os 80 policiais deslocados de diversas partes do Estado chegaram a Londrina dias depois dos crimes, como parte do esforço para reforçar o policiamento nas ruas. Havia previsão de manter a equipe por dez dias, se preciso com prorrogação, o que não ocorreu.

O secretário Wagner Mesquita, acompanhado de delegados e policiais militares responsáveis pelas investigações do episódio, deve apresentar nesta quarta-feira (17) um balanço sobre o resultado da atuação da força-tarefa.

Apesar de ninguém ter sido preso ainda, a polícia diz já ter uma forte linha de autoria dos crimes identificada, tanto das mortes de civis como de alguns dos PMs assassinados em janeiro no Paraná.


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