Folha de S. Paulo


Honduras tem 40 casos de Guillain-Barré possivelmente associados à zika

As autoridades de saúde de Honduras confirmou nesta segunda-feira (15) 40 casos da síndrome de Guillain-Barré –que ataque o sistema nervoso e, em alguns casos, pode provocar fraqueza muscular– pode possivelmente estar relacionada à zika.

"Temos 40 casos de Guillain-Barré, dos quais dois estão respirando com a ajuda de aparelhos e os demais estão estáveis", disse o vice-ministro da Saúde, Francisco Contreras, que ressaltou

O vice-ministro afirmou que o país já registra mais de 11,4 mil casos de vírus da zika, dos quais 40 estão relacionados à mulheres grávidas. Ele ressaltou que os 8,5 milhões de hondurenhos estão suscetíveis "a contrair a doença", que é transmitida através do mosquito Aedes aegypti, o mesmo vetor da febre chikungunya e da dengue.

Síndrome de Guillain-Barré

Ele disse ainda que as autoridades de saúde continuarão com uma campanha nacional de erradicação dos criadouros de mosquitos iniciada há duas semanas com a participação de funcionários públicos, estudantes, igrejas, policiais, militares e representantes do setor privado, entre outros.

O vírus da zika causa manchas vermelhas na pele, que pode vir acompanha de febre, dores nas articulações e musculares, conjuntivite, dor de cabeça, entre outros sintomas. Além disso, o vírus tem sido associado aos casos de microcefalia em recém-nascidos e transtornos neurológicos, embora ainda não haja nenhuma comprovação científica.

Infográfico: Vírus da zika

Desde sexta (12), funcionários do Hospital Gabriela Alvarado na cidade de Danli, localizada no departamento de El Paraíso, próximo da fronteira com a Nicarágua, investigam o primeiro caso de um bebê nascido com microcefalia (má formação no cérebro de bebês) estaria possivelmente relacionado à zika.

O diretor do hospital, Gabriela Alvarado, afirmou que a criança nasceu de parto natural e tem uma "anomalia congênita". Segundo o hospital, a mãe, uma jovem de 23 anos e cuja identidade não foi divulgada, teve contato com o vírus nos primeiros três meses de gestação.

Editoria de Arte/Folhapress

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