Dois anos após ficar praticamente seco, o rio Piracicaba transbordou na noite desta terça-feira (12) no interior paulista. Famílias tiveram de ser retiradas de suas casas na rua do Porto, uma das mais conhecidas de Piracicaba (a 160 km de São Paulo).
A cheia do rio é a primeira após o mais severo estresse hídrico registrado no Estado –com as pedras expostas, foi símbolo da seca na região. Com o transbordamento do rio, cardumes de peixes foram vistos na rua.
Segundo a Defesa Civil, três famílias que moram em locais atingidos pela cheia foram retiradas de seus imóveis e procuraram as casas de familiares. Além delas, outras três ficaram desalojadas em outra região da cidade, devido ao transbordamento de outro rio, o Corumbataí.
O transbordamento do Piracicaba continua nesta quarta-feira (13), com o nível de água em 5,68 metros. A média do rio para o mês de janeiro é de 2,55 m, mas nesta terça o nível de água chegou a alcançar 5,83 m. Como comparação, nos dois últimos anos, no auge da crise hídrica, o nível chegou a ser de apenas 0,98 metro.
Mas, mesmo antes da inundação desta terça, a situação do rio já preocupava. Durante a tarde desta terça, o nível de água já tinha ultrapassado a marca de quatro metros, superior aos 3,7 metros definidos pelo Daee (Departamento de Águas e Energia Elétrica) para deixar o rio em estado de alerta.
As equipes da Defesa Civil continuam na rua nesta quarta porque, apesar de o nível do rio ter começado a baixar, ainda há pontos de alagamento. Apesar do transbordamento, o Corpo de Bombeiros informou que não foi acionado para o atendimento de nenhuma ocorrência. Não chove no momento em Piracicaba, mas o tempo permanece fechado.