Folha de S. Paulo


Jovem acusa segurança de estupro em festa de Ano Novo em Brasília

Uma jovem de 24 anos acusa um segurança de uma festa de estuprá-la quando ela participava do evento, na virada do ano, em Brasília. O caso foi relatado em seu perfil no Facebook, neste sábado (2), e ganhou repercussão na rede social.

Ela contou que pouco depois da meia-noite, perto da entrada da festa chamada "The Box - Reveião", realizada em espaço cedido pela escola de samba Acadêmicos da Asa Norte, foi abordada por um segurança que a coagiu a deixar o local. O nome dele foi divulgado no relato.

"Só atendi por ser uma figura de autoridade do local. Havia uma área de terra onde alguns carros estavam estacionados entre o cerrado. Eu estava completamente vulnerável, com muito medo", disse.

A jovem afirmou que, após o estupro, ele a mandou ficar ali, chamou outro segurança e afirmou: "Tá aí, cara, manda ver". "Ele saiu, eu fiquei com o outro segurança e perguntei por que ele iria fazer aquilo comigo também. Acho que ele se assustou e disse que não ia fazer nada, respirei fundo e voltei pra festa num misto de pavor e dormência."

No dia seguinte, ela foi à Delegacia Especial de Atendimento à Mulher e prestou queixa.

"Eu sei que é muita exposição, mas, sinceramente?! [...] Decidi redigir esta nota de repúdio por alguns motivos específicos: eu fiz tudo como orienta a lei, tudo certinho, e uau!!! Quanta burocracia! A delegacia, o IML e o hospital ficam completamente distantes um do outro. Eu estava de carro, acompanhada, mas e a mulher que não tem nenhuma assistência, como faz? Ela não faz, ela desiste", diz a jovem em seu relato.

OUTROS LADOS

O acusado foi ouvido neste domingo (3) e, segundo o jornal "Correio Braziliense" e o site "Metrópoles", afirmou que a relação foi consensual.

Em nota, a organização da festa, que ocorreu na Acadêmicos da Asa Norte, disse que prestou ajuda à vitima e que a empresa contratada para fazer a segurança do local "já fez diversos eventos conosco".

"Entramos em contato com a vítima para dispor toda a documentação necessária. Novamente, as sinceras desculpas. Isso é um comportamento inaceitável e nos colocamos à disposição para investigar qualquer outro caso de violência que possa ter ocorrido, porque atos assim não podem passar impunes", diz o texto.


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