Folha de S. Paulo


Expectativa de vida no Brasil vai da Dinamarca ao Tadjiquistão

A expectativa de vida no Brasil subiu para 75 anos, segundo novo levantamento divulgado pelo IBGE nesta terça-feira (1). Mais precisamente, são 75 anos, dois meses e 12 dias.

Em relação ao brasileiro que nascia na década de 1940, é um aumento de praticamente 30 anos, o que revela avanços na saúde e na qualidade de vida da população.

Mas o número oficial esconde diferenças acentuadas entre os sexos e as regiões do país que ainda permanecem.

Expectativa de vida no Brasil

As meninas que nascem em Santa Catarina, por exemplo, tem pela frente um horizonte de quase 82 anos de vida –próximo ao das mulheres da Dinamarca.

Os meninos de Alagoas, no entanto, nascem com uma perspectiva de viverem pouco mais de 66 anos, assim como os do Tadjiquistão, na Ásia Central.

Ou seja, uma recém-nascida em Santa Catarina vive, em média, mais de 15 anos além do que um recém-nascido de Alagoas.

De acordo com o IBGE, a diferença entre os sexos ocorre sobretudo devido às mortes por causas externas, como acidentes e violência –que atingem com maior intensidade a população masculina. Em Alagoas, por exemplo, um rapaz de 20 anos tem oito vezes mais chance de não chegar aos 25 anos do que uma garota.

Já as diferenças regionais são influenciadas por fatores como acesso à saúde.

Santa Catarina e Alagoas são os dois extremos do novo levantamento, mas ambos mostram que a situação atual é melhor do que era no início deste século.

Em Santa Catarina, a expectativa geral cresceu 9% desde 2000, enquanto em Alagoas o crescimento foi de 10%. Nesse período, o maior crescimento foi em Pernambuco, com 12%.

Expectativa de vida no Mundo


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