Folha de S. Paulo


Prefeitura de SP vai embargar obra da fachada do edifício Copan

A Prefeitura de São Paulo decidiu embargar as obras da fachada do edifício Copan, um dos símbolos da arquitetura e da história paulistana, na região central da cidade.

O argumento é de que as obras para a troca das pastilhas começaram sem autorização do Conpresp –conselho municipal responsável pelo patrimônio histórico.

O Copan é tombado pelo patrimônio desde 2012, por uma resolução que levou em conta a "unidade histórica, arquitetônica e paisagística" do prédio e de outros edifícios do centro de São Paulo.

O DPH (Departamento de Patrimônio Histórico), órgão técnico do conselho municipal, informou ter autorizado somente a colocação de telas na fachada do edifício, e não a realização dos trabalhos.

Por isso, decidiu pedir para a Subprefeitura da Sé embargar a obra –determinação que será dada com a ida da fiscalização ao edifício.

O Conpresp ainda decidirá sobre aplicação de multa ao empreendimento, pelo fato de as obras terem iniciado sem devido aval.

A Folha não conseguiu contato nesta quarta (5) com Afonso Prazeres, síndico do Copan. Ele não atendeu às ligações da reportagem.

PASTILHAS

Planejado pelo arquiteto Oscar Niemeyer (1907-2012), o Copan começou a ser reformado no final de setembro deste ano, com a troca das pastilhas da fachada, que caíam em quem passava pela calçada. A administração do prédio colocou uma tela na frente do edifício para evitar que isso ocorresse.

A obra deve custar cerca de R$ 23 milhões, mas havia apenas R$ 13 milhões para a reforma. O restante a administração esperava captar com patrocinadores privados.

O problema com as pastilhas existe ao menos desde 2010, mas a administração do Copan vinha buscando recursos para levar adiante a reforma do prédio, que tem 35 andares e 115 metros de altura.

O Copan foi projetado nos anos 1950. Mais de 2.000 pessoas moram no condomínio.


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