Em votação unânime nesta quinta (22), o Tribunal de Justiça de São Paulo aceitou um recurso da defesa de Suzane von Richthofen, e a presidiária vai agora cumprir pena no regime semiaberto.
Condenada a 39 anos pela morte dos pais e presa há 13, Suzane teve a oportunidade de ir para o semiaberto em agosto de 2014, mas recusou por "questões de segurança".
À época, a Secretaria de Estado da Administração Penitenciária informou que ela preferiu não aceitar a progressão, pois não queria ser transferida da Penitenciária-1 de Tremembé (SP), onde cumpre pena em regime fechado. A penitenciária não tinha espaço para presos no semiaberto, e Suzane precisaria ser transferida. Contudo, uma nova ala foi inaugurada em maio deste ano para abrigar os detentos nesse regime.
O recurso aceito nesta quinta pela Justiça pedia a anulação da decisão do ano passado, que revogava o benefício. A defesa alegou que Suzane se manifestou sem assistência jurídica técnica. Com a mudança, ela poderá trabalhar durante o dia e terá que dormir no presídio à noite.
A decisão do tribunal também recomenda que o juízo de origem, a Vara de Execuções Criminais de Taubaté, analise a possibilidade da permanência de Suzane na penitenciária feminina de Tremembé.
CRIME
Suzane, seu ex-namorado Daniel Cravinhos e o irmão dele, Christian, foram condenados pelos assassinatos de Manfred e Marísia von Richthofen, mortos em 2002. Os irmãos Cravinhos estão no regime semiaberto desde 2013.
Em março a Justiça de São Paulo determinou que a herança da família Von Richthofen seja entregue apenas ao irmão de Suzane, Andreas Albert von Richthofen. Na sentença, o juiz determinou que ela deveria ser excluída da partilha dos bens por considerá-la "indigna". A herança é calculada em mais de R$ 3 milhões.
Há um ano, Suzane se casou com Sandra Regina Gomes, condenada a 27 anos pelo sequestro e morte de um adolescente em Mogi das Cruzes (SP). Sandrão, como é conhecida, conseguiu a progressão para o semiaberto em fevereiro deste ano.