Folha de S. Paulo


Preço de medicamentos pode variar até 1.937% no país, aponta pesquisa

Após a revelação do corte de recursos destinados ao programa Farmácia Popular, o ICTQ (Instituto de Ciências Tecnológicas e Qualidade Industrial) divulgou uma pesquisa mostrando que o consumidor deve ficar atento aos preços de medicamentos.

Levantamento feito em 18 capitais apontou variação de preço de até 1.937% em um mesmo remédio. O maior destaque ficou com os medicamentos genéricos da Aspirina, que foram encontrados por R$ 0,98 em uma farmácia de João Pessoa e por R$ 19,97 em um estabelecimento Porto Alegre.

A pesquisa foi feita em 433 farmácias –de rede e independentes–, entre os dias 7 e 25 de setembro, com analgésicos, anti-inflamatórios e ansiolíticos, além de seus respectivos genéricos.

Zanone Fraissat/Folhapress
Preço de medicamentos pode variar até 1.937% no país, aponta pesquisa
Pesquisa feita em 18 capitais mostra que preços de medicamentos podem variar até 1.937%

No caso dos analgésicos, o Nordeste e o Norte do país apresentaram preços menores, enquanto o Sul concentrou os mais elevados. Na comparação entre capitais, Maceió teve o menor preço médio da Aspirina (R$ 2,34), enquanto Recife apresentou a média mais elevada do mesmo medicamento (R$ 17,14).

O anti-inflamatório Cataflan e seu genérico tiveram a menor média de preço em Belém (R$ 2,75) e a maior em Florianópolis (R$ 28,97). Já o ansiolíticos Rivotril teve a menor média de preço em Maceió (R$ 8,91) e a maior média em Belém (R$ 19,22).

Mesmo com a grande variação, o diretor de pesquisa do instituto, Marcus Vinícius Andrade, aponta que todos os valores estavam dentro da tabela de preço da Anvisa, que estabelece um teto para os valores a serem cobrados.

"Não esperávamos uma variação tão grande. E só usamos farmácias físicas no levantamento, se incluíssemos as farmácias online a diferença dos preços poderia ser ainda maior", afirma.

A redução de R$ 574 milhões nos recursos destinados ao programa Farmácia Popular foi revelada em setembro e valerá para o próximo ano. O então ministro, Arthur Chioro, chegou a dizer, antes de deixar o cargo, que a Saúde vive situação financeira 'crítica'


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