Folha de S. Paulo


Polícia encontra sétimo corpo em casa de suposto 'serial killer' de São Paulo

A polícia encontrou outro corpo na casa do pintor de paredes Jorge Luiz Morais de Oliveira, 41, o suposto "serial killer" da favela Alba, no Jabaquara, zona sul de São Paulo.

Ao todo, são sete cadáveres encontrados na casa de Oliveira, que cumpre prisão temporária. Os corpos foram levados ao IML (Instituto Médico Legal) de São Paulo. Investigadores do 35º DP (Jabaquara), contudo, afirmam que pode haver ainda mais um corpo, chegando a oito.

Segundo a polícia, o suspeito confessou uma das mortes (de um rapaz de 21 anos, surdo e mudo e homossexual), alegando ter agido em legítima defesa após se negar a fazer sexo.

"Ele era normal, não aparentava nada. Comigo sempre foi educado", diz Maria Helena Barbosa, dona de um bar a poucos metros da casa do suspeito. "A gente está chocado. Logo aqui?", completa.

Oliveira foi à delegacia depor na manhã desta terça-feira (29).

OUTRAS MORTES

A série de mortes sob suspeita atraiu parentes de desaparecidos à casa do pintor.

A mãe e a companheira da estudante universitária Renata Christina Pedrosa Moreira, 33, sumida desde janeiro, compraram uma enxada e uma pá e foram ao imóvel na segunda (28), aberto e sem isolamento, para fazer uma escavação.

Elas disseram que, ao quebrar uma das paredes, encontraram pedaços de pele e ossos. Também acharam roupas de adultos, crianças, peças íntimas com sangue, uma bolsa de mulher com objetos de manicure e um boneco de vodu.

A delegada Nilza Scapulatillo, do 35º DP, disse na segunda-feira não ser possível dizer que Oliveira seja um assassino em série, mas que tem predisposição para matar. Ela negou falha da perícia por não ter isolado a casa do pintor.


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