Folha de S. Paulo


Lojas do ramo criam até balas com maconha no Colorado, nos EUA

Para atrair os clientes, experientes ou novatos , as lojas de maconha em Denver, no Colorado (EUA), apostam em produtos exclusivos, como plantas híbridas projetadas para proporcionar níveis customizados de alterações mentais para os clientes.

Um dos lançamentos é uma variedade de Cannabis que leva o nome do DJ Griz Kush, que seria adequada para relaxar e manter a criatividade em alta –para compor músicas, por exemplo.

Um grama da maconha personalizada custa US$ 20 (R$ 76), mas outras mais comuns podem custar até

US$ 12 (R$ 47) o grama. Uma pessoa pode carregar consigo até 28 g de maconha.

Em São Paulo, a erva costuma ser comercializada (ilegalmente) por R$ 4 o grama, mas "está longe de ter a potência da planta daqui [de Denver]", conta um turista brasileiro sob condição de anonimato.

O valor é considerado justo pelos compradores e, para quem é avesso à fumaça, há uma grande variedade de produtos, como cookies, chocolates, balas, bebidas e até mesmo sprays, extratos e loções para massagem.

Os preços variam de acordo com a quantidade de THC (princípio ativo da maconha). Por exemplo, uma bala que contém 10 miligramas sai por US$ 5 (R$ 19), outra, com 100 mg, sai por US$ 25 (R$ 97).

Pessoas de todas as idades, a partir dos 21 anos, frequentam as lojas de Denver, movimentando o turismo da cidade relacionado à droga.
turismo

"Eu diria que 75% dos nossos consumidores são turistas. O que é ótimo para a cidade: hotéis, companhias aéreas, restaurantes... É bom para todos", afirma John Swenson, de 23 anos, que trabalha há um ano em uma das lojas da rede Native Roots, especializada no comércio desses produtos.

As queixas de grupos contrários à legalização, diz, não atrapalham os negócios. "Até agora ninguém veio aqui na loja reclamar", brinca.

Para os entusiastas, a nova meta é liberar o consumo em espaços coletivos, com se fossem "clubes da maconha".


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