Folha de S. Paulo


Na iminência de cair, passarela de Congonhas recebe escoramento

A passarela para pedestres do aeroporto de Congonhas pode cair. A conclusão é de um laudo da Prefeitura de São Paulo, que constatou um "estado de iminência de ruptura brusca" na travessia Comandante Rolim Amaro, que passa sobre a avenida Washington Luís.

A ponte, localizada na zona sul de São Paulo, passa por escoramento, a fim de evitar a queda. Na manhã desta sexta-feira (11), funcionários já trabalhavam na reforma da passarela.

Uma obra provisória deve ser construída em até 15 dias para a travessia dos pedestres. Com a conclusão da passarela provisória, a atual será interditada para o seu desmonte definitivo.

A travessia, inaugurada em 1974, foi projetada pelo arquiteto Vilanova Artigas, criador do prédio da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP e do estádio do Morumbi. A obra não é tombada, de acordo com a Secretaria de Coordenação das Subprefeituras.

Ela faz a ligação de pedestres do aeroporto ao bairro do Campo Belo. A via é usada por comissários de bordo, funcionários do aeroporto e passageiros.

ATRASO NAS REFORMAS

Em 2014, a Folha mostrou que, depois de dez anos de discussões sobre a reforma da travessia, a prefeitura removeria a passarela.

Em 2005, a gestão José Serra (PSDB) também anunciou a reforma e a adaptação da estrutura, com instalação de cobertura e elevadores. Nenhuma das duas saiu do papel.

Já em 2013, um engenheiro vistoriou a passarela a pedido da Folha e afirmou que ela "deveria ser interditada" já naquela época.

Segundo ele, "além da ferrugem que compromete a estrutura e as grades, surgiu um vão entre a passarela e o pilar em frente ao aeroporto". Vagner Landi ainda afirmou que "o movimento intenso de veículos na avenida provoca trepidação, que, aliada a rajadas de vento, podem, no limite, derrubar a estrutura".


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