Folha de S. Paulo


Av. Paulista troca Cantareira pelo Guarapiranga; veja infográfico em 3D

Quem abre a torneira nos escritórios, restaurantes e bancos da avenida Paulista está quase sempre recebendo água do sistema Cantareira. Ela percorre mais de 15 km por meio de adutoras e tubulações, desde o município de Mairiporã, ao norte de São Paulo, onde é tratada.

Mas a partir desta semana, o caminho da água deverá ser cada vez menos esse. Afinal, a Sabesp pretende entregar uma obra que levará a água da represa do Guarapiranga, na zona sul, até o cartão-postal da cidade.

Essa é mais uma tentativa da Sabesp de diminuir a dependência de São Paulo com o Cantareira (o que, segundo regulação, deveria ter sido feito desde 2004). A Sabesp faz isso reduzindo cada vez mais a área que é abastecida pelo sistema, que vive sua pior crise hídrica.

E foi reduzindo a área atendida que o reservatório deixou de abastecer 9 milhões de pessoas (antes da crise) para passar a atender cerca de 5 milhões atualmente.

Clique no infográfico: Reforma na tubulação

A OBRA

Para fazer com que a água do Guarapiranga, que abastece principalmente a zona sul de São Paulo, chegue até a Paulista, a Sabesp teve que reabilitar uma adutora que estava desativada desde 2001.

Ao longo do trecho de 7 km, a empresa teve que fazer reforços na tubulação antiga para que ela suportasse a nova carga de água.

Para isso, inseriu tubos de PEAD (polietileno de alta densidade) nos canos de aço e de ferro fundido.

Na região do Ibirapuera, a água é bombeada até um reservatório na Bela Vista, na rua Treze de Maio. Desse reservatório, a água será distribuída para a parte da avenida Paulista mais próxima ao Paraíso, incluindo hospitais como o Santa Catarina.

O plano é começar a enviar a partir desta semana 500 litros de água por segundo para a região, o que poderá atender uma população de cerca de 300 mil pessoas, segundo a Sabesp.

Clique no infográfico: Dutos da Guarapiranga


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