Folha de S. Paulo


Aposentado morto em ciclovia tinha saído de casa para comprar pão

O aposentado Florisvaldo Carvalho da Rocha, 78, saiu de casa para comprar pão no supermercado do outro lado da rua, como fazia diariamente, quando foi atingido pelo ciclista debaixo do Minhocão na tarde de segunda (17).

Ele morava com a mulher, Erenita, com quem era casado havia 43 anos e que foi avisada pela vizinha sobre a colisão que tiraria a vida de seu marido.

Rocha teve traumatismo craniano e morreu após ser levado à Santa Casa. O aposentado estava bem de saúde após passar por um período doente. Chegou a ter convulsões e a usar cadeira de rodas, mas já tinha retomado a rotina.

No velório, o filho mais velho, Eduardo Carvalho Rocha, lembrava o aniversário do pai, comemorado uma semana antes do acidente. "Agora eu estou enterrando ele. E por uma coisa estúpida", disse.

Ele afirma que seu pai conhecia bem o local e culpa a falta de "informação e planejamento" para a instalação da ciclovia.

"A prefeitura tem que se preocupar com campanhas educativas, não impor as coisas, colocar uma ciclovia e pronto", diz ele, para quem seu pai, diferentemente da versão do ciclista que o atropelou, foi atingido no canteiro central, e não na faixa de ônibus.

"É a primeira vez que vejo ciclovia onde passam pedestres. Quem inventou?", diz Luciana Marinho, 28, que trabalha em uma igreja perto do local do acidente e que ajudou a socorreu Rocha.

Clique no infográfico: Atropelamento no entorno da ciclovia


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