Folha de S. Paulo


Congonhas volta a operar após ficar fechado por nevoeiro

O aeroporto de Congonhas, na zona sul da capital paulista, fechou na manhã desta quinta-feira (30) para pousos e decolagens devido ao forte nevoeiro nas pistas do aeroporto. Desde as 8h46, opera normalmente.

A assessoria do aeroporto informou que às 7h37 fechou para decolagem, mas que às 8h18 voltou a realizar a operação. Os pousos ficaram impedidos entre 7h05 e 8h46. Mais cedo, o aeroporto também chegou a ficar completamente fechado das 6h15 às 6h24.

Segundo balanço da Infraero, estatal que gerencia o aeroporto, divulgado às 10h, dos 68 voos programados em Congonhas, 13 foram cancelados e 9 estão atrasados.

A companhia aérea TAM informou que teve 13 voos cancelados e 6 desviados devido ao mau tempo. Dos seis voos desviados, dois foram para o aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP), e um para o de Ribeirão Preto (SP), e os demais retornaram para seus destinos de origem. A companhia disse ainda que os passageiros estão sendo orientados e que prestará toda a assistência necessária.

Já a Gol, responsável por 44% dos pousos e decolagens em Congonhas, informou que alguns de seus voos sofreram atrasos ou foram cancelados durante o período em que o aeroporto ficou fechado. A companhia informou ainda que "trabalha intensamente para atender aos clientes que tiveram seus voos comprometidos e regularizar suas operações".

A Gol disse ainda que "lamenta o desconforto causado aos passageiros, mas reitera que ações como essa visam a garantir a segurança de todos".

O fechamento de Congonhas também prejudica os voos vindos de outros Estados, como do Rio de Janeiro. O aeroporto Santos Dummont, que fica na região central, informou que 7 voos estão atrasados, segundo balanço das 8h35. Já o aeroporto internacional do Galeão, na zona norte, informou que não há atrasos ou cancelamentos de voo para São Paulo.

Os passageiros que tiveram seus voos desviados por conta do nevoeiro para outros aeroportos devem procurar as companhias aéreas para mais orientações.

Já o aeroporto internacional de Guarulhos, na Grande São Paulo, opera por instrumentos devido a restrição de visibilidade tanto para pousos quanto para decolagens, segundo a GRU Airport, concessionária que administra o aeroporto.

Michael Pantera, meteorologista do CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências), da prefeitura, a ausência de nuvens e vento permitiu que o calor se dissipasse rapidamente para a atmosfera, acentuando o resfriamento do ar durante à noite. O ar frio fez com que gotículas de água surgissem, e o nevoeiro fosse formado durante a madrugada.

Segundo o meteorologista, ao longo da manhã o nevoeiro deve se dissipar e haverá o predomínio do sol ao longo do dia. A temperatura máxima deve ficar em torno dos 26°C.

ESTUDO: ATRASOS EM VOOS

As maiores companhias aéreas brasileiras dizem que apenas um em cada cinco atrasos de voos no país em 2014 se deu por culpa delas. O grande contingente dos atrasos, afirmam, é de responsabilidade do "sistema aeronáutico" –setores como o controle de tráfego aéreo (a cargo da Aeronáutica), infraestrutura dos aeroportos (Infraero e de concessionárias) ou, ainda, problemas meteorológicos.

As conclusões estão em estudo lançado na última sexta (24) pela Abear, entidade que representa TAM, Gol, Azul e Avianca, ou 99% do mercado doméstico. A Aeronáutica não quis comentar o resultado. A Infraero disse, por meio de nota, que "irá analisar os dados disponibilizados pela associação".

Segundo o documento, 19% dos atrasos se devem às companhias aéreas e 72% ao "sistema aeronáutico" –classificação também usada pelo DOT, o departamento de transportes dos Estados Unidos.

Outros 2% se referem a questões de segurança e 7% não tiveram as razões especificadas. Nos EUA, 31% dos atrasos em 2014 foram por responsabilidade das empresas aéreas e 23,5% do sistema aeronáutico.

Editoria de Arte/Folhapress

ESTRADAS

Os motoristas que trafegam pelo sistema Anchieta-Imigrantes encontram baixa visibilidade no trecho de planalto, na altura do km 32 próximo à praça de pedágio, nos dois sentidos, por volta das 8h.

Segundo a Ecovias, que administra o sistema, a visibilidade já melhora no trecho de serra, onde há predomínio do sol. A Ecovias informou que não houve registro de acidente por conta do nevoeiro.

Na chegada a São Paulo, a rodovia Anchieta apresenta lentidão do km 13 ao km 10, por causa do excesso de veículos. A concessionária alerta que a pista sul da Anchieta está bloqueada no trecho de serra, entre os km 40 a o km 55, devido às obras de manutenção. A previsão é que a via seja liberada por volta das 16h.

As rodovias Padre Manoel da Nóbrega, do km 270 ao km 292 (Praia Grande), e a Cônego Domênico Rangoni (ex Piaçaguera - Guarujá) apresentam tráfego bom nos dois sentidos.

Confira a situação dos aeroportos do país


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