Folha de S. Paulo


Alckmin diz que plano de contingência contra racionamento é 'papelório inútil'

Geraldo Alckmin (PSDB), governador de São Paulo, disse em evento nesta sexta-feira (3) que o plano de contingência contra a crise hídrica que atinge o Estado é um "papelório inútil".

O estudo, feito pela Sabesp e a Secretaria de Recursos Hídricos, do próprio governo estadual, deve ser adotado pelas prefeituras em caso de rodízio.

"É outro papelório inútil. Só pra gastar dinheiro público porque não vai ser aplicada contingência nenhuma. Nós vamos atravessar o período seco sem nenhum rodízio, mas o Brasil é um grande cartório. Tem que fazer papel, gastar dinheiro pra ficar na gaveta, pra todo mundo ser cobrado", afirmou o governador.

O plano –que ainda não tem data para ser concluído– terá orientações para quais ações devem ser tomadas pelos municípios, como garantir o abastecimento em escolas, hospitais e penitenciárias, por exemplo.

REÚSO E ESGOTO

No evento realizado no Palácio dos Bandeirantes, na zona sul de São Paulo, o governador assinou contrato com a Finep (Financiadora de Estudos e Projetos) para o financiamento de projetos envolvendo água de reúso e esgoto.

Serão beneficiados pesquisas sobre o aumento da produção de água de reúso para a Grande SP e o uso da casca de coco para eliminar o mau cheiro de esgoto. Também serão financiadas técnicas de superaquecimento para transformar lodo de esgoto em asfalto e de uso da luz solar para secar o lodo proveniente do esgoto.

O investimento será de R$ 60,3 milhões –R$ 48,3 milhões financiados pela agência federal e R$ 12 milhões pela Sabesp.


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