Folha de S. Paulo


Para CET, fechamento do Minhocão no sábado não prejudicou trânsito

O fechamento antecipado do Minhocão, às 15h do último sábado, provocou trânsito de uma hora em vias usadas como desvio do elevado. Para a CET, a medida não trouxe impacto significativo no trânsito da região, e o transporte coletivo não foi afetado.

Segundo estudo divulgado pela CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), a lentidão no trecho oeste-leste, se concentrou na avenida General Olímpio da Silveira, da praça Marechal Deodoro até a rua Traipu, e nas ruas das Palmeiras e Sebastião Pereira, entre a rua Jaguaribe até a praça Marechal Deodoro. No sentido contrário, a lentidão se formou no cruzamento das ruas Amaral Gurgel com a Major Sertório.

A medida foi um teste para medir os impactos no trânsito da antecipação do fechamento do elevado, e coincidiu com o fim de semana da Virada Cultural, quando várias vias da região central da cidade foram interditadas para realização de shows. Para a CET, o fluxo de veículos no centro foi maior neste fim de semana porque muitas pessoas foram aproveitar a programação cultural.

Segundo a CET, o ajuste do tempo dos semáforos e a proibição de estacionar em algumas ruas contribuiu para o fechamento do Minhocão não ter muito impacto no trânsito. A CET deverá repetir essas ações nas próximas vezes que a via elevada for fechada.

O diretor de operações da CET, Valtair Ferreira Valadão, disse que a proposta da administração municipal é antecipar o horário de fechamento do Minhocão, mas para isso será necessário continuar analisando o impacto no trânsito da região. "Vamos fechar o Minhocão outras vezes para analisar, mas ainda não temos um cronograma. Nosso desafio é manter o mesmo fluxo de veículos, mesmo com ele fechado", afirmou.

Comerciantes da rua das Palmeiras, em Santa Cecília (região central), têm opiniões diversas sobre a possibilidade de retirada de vagas de estacionamento da via para melhorar o trânsito na região com o fechamento antecipado do Minhocão.

A gerente da loja de cosméticos Belface, Vera Kanashiro, 64 anos, disse que "com certeza" a retirada das vagas vai prejudicar as vendas. "Como vai ficar se não tiver Zona Azul", questiona.

O balconista da loja FK Tintas, Vagner dos Santos, 30 anos, disse que o estabelecimento oferece duas vagas para a comodidade dos clientes. Mas que muitas vezes elas ficam ocupadas. "Se não tem onde parar, os clientes vão embora".

Já a proprietária de uma loja de roupas, Andrea Almeida, 64 anos, não acredita que atrapalhará. "Meus clientes vêm a pé", disse.


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