Folha de S. Paulo


Sem chuva há uma semana, níveis dos principais reservatórios de SP recuam

Sem chuva há pelo menos uma semana, os níveis dos principais reservatórios da região metropolitana de São Paulo recuaram ao menos 0,1 ponto percentual em relação ao índice do dia anterior.

Esse recuo nos índices é reflexo do tempo seco, característico do inverno no Estado. Segundo o CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências), da prefeitura, a umidade só deve voltar a São Paulo a partir de sábado (13), quando uma frente fria pode trazer chuva fraca. Com o tempo seco, aumentam também as partículas de poeira e poluição no ar, agravando problemas respiratórios.

De acordo com balanço da Sabesp divulgado nesta quinta-feira (11), o sistema Cantareira, o maior da Grande São Paulo e em situação mais crítica recuou 0,1 ponto percentual após permanecer estável nos últimos dias e opera com 15,5%. O sistema abastece 5,3 milhões de pessoas na zona norte e partes das zonas leste, oeste, central e sul da capital paulista –eram cerca de 9 milhões antes da crise da água. Essa diferença passou a ser atendida por outros sistemas.

O percentual usado na medição do sistema Canteira tem como base a quantidade de água naquele dia e a capacidade total do reservatório, de 1,3 trilhão de litros e que inclui o volume útil (acima dos níveis de captação) e as duas cotas do volume morto (reserva do fundo das represas, captadas com o auxílio de bombas).

Até então, o índice considerava o volume morto apenas na quantidade disponível, e não na capacidade total –sem ele, o sistema tem capacidade de 1 trilhão de litros de água. Essa é uma das três metodologias que a Sabesp usa atualmente para divulgar o volume do reservatório.

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Para aliviar o Cantareira, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), anunciou o início de operações do segundo módulo de membranas ultrafiltrantes na estação de tratamento Alto da Boa Vista, na zona sul de São Paulo. O sistema custou R$ 41 milhões e irá tratar mil litros de água da represa Guarapiranga, que opera nesta quinta com 77,9% de sua capacidade após recuar 0,1 ponto percentual em relação a medição do dia anterior.

O Guarapiranga fornece água para 5,2 milhões de pessoas nas zonas sul e sudeste da capital paulista. Com a nova obra, a Sabesp espera fornecer água para mais bairros de São Paulo e assim, diminuir mais uma vez a área de abastecimento do sistema Cantareira.

OUTROS RESERVATÓRIOS

O nível do sistema Alto Tietê, que abastece 4,5 milhões de pessoas na região leste da capital paulista e Grande São Paulo, recuou 0,1 ponto percentual e opera com 21,2% de sua capacidade.

No dia 14 de dezembro, o Alto Tietê passou a contar com a adição do volume morto , que gerou um volume adicional de 39,5 milhões de metros cúbicos de água da represa Ponte Nova, em Salesópolis (a 97 km de São Paulo).

Já o reservatório Alto de Cotia, que fornece água para 400 mil pessoas, opera com 66% de sua capacidade após recuar 0,2 ponto percentual. O sistema Rio Grande, que atende a 1,5 milhão de pessoas, recuou 0,3 ponto percentual e opera nesta quinta com 90,9% de capacidade. O nível de Rio Claro, que atende a 1,5 milhão de pessoas, caiu de 54,7% para 54,3%.

A medição da Sabesp é feita diariamente e compreende um período de 24 horas: das 7h às 7h.


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