Folha de S. Paulo


Sabesp quer reduzir água de 3 municípios da Grande São Paulo

A Sabesp pretende reduzir ainda mais a quantidade de água enviada para três municípios da Grande São Paulo onde ela não é operadora do serviço de saneamento.

Nessas cidades, a empresa estadual vende água "por atacado" para as autarquias municipais, que fazem distribuição e cobrança do serviço.

Os alvos da Sabesp são Santo André, Mauá e Guarulhos. Ela argumenta que, enquanto cidades como Osasco, São Bernardo do Campo e Carapicuíba (operadas pela empresa estadual) e São Caetano (com operação própria) reduziram seu consumo em mais de 30%, nessas três a redução se limitou a 17%, entre fevereiro de 2014 e abril de 2015.

"Neste momento em que enfrentamos a maior seca da história, é preciso que todos os municípios [da região] tenham um mesmo grau de adesão e solidariedade para que possamos garantir a segurança hídrica", diz a Sabesp.

Em nota, o município de Santo André disse que reduziu em 22% seu consumo. O município usa como critério sua variação de consumo entre os meses de abril de 2014 e abril de 2015, diferente da Sabesp.

Editoria de arte/Folhapress

Na prática, a negociação envolve uma cobrança para que esses municípios reduzam seu consumo per capita —com medidas como bônus, tarifas de contingência e campanhas de economia.

A Sabesp discute na Justiça dívidas contratuais com essas três cidades.

Procurada nas últimas semanas, a Prefeitura de Mauá foi informada da intenção da Sabesp de reduzir esse volume de água enviado de 900 para 650 litros por segundo.

Em Santo André, a cúpula da Sabesp se reuniu com o prefeito na última semana. Por lá, a redução desejada pela estatal é de 1,85 mil para 1,75 mil litros por segundo. A prefeitura disse que ampliaria sua campanha de conscientização de uso da água.

Em relação a Guarulhos, ainda não foram propostas metas. O município vive sob rodízio de um dia com água e um dia sem água desde fevereiro de 2014. Antes da atual crise, a Sabesp enviava à cidade 3,6 mil litros de água por segundo. Atualmente, esse volume é bem menor: 2,8 mil.

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