Folha de S. Paulo


Nível do Cantareira permanece estável pelo segundo dia consecutivo

A falta de chuva na região das cabeceiras deixou os níveis de 3 dos 6 principais reservatórios que abastecem a região metropolitana de São Paulo estáveis, segundo balanço da Sabesp divulgado nesta segunda-feira (4).

O Cantareira, o maior manancial que atende a região metropolitana de São Paulo, opera com 15,3% de sua capacidade pelo segundo dia consecutivo.

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O Cantareira abastece 5,3 milhões de pessoas na zona norte e partes das zonas leste, oeste, central e sul da capital paulista –eram cerca de 9 milhões antes da crise da água. Essa diferença passou a ser atendida por outros sistemas.

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O percentual usado agora tem como base a quantidade de água naquele dia e a capacidade total do reservatório, de 1,3 trilhão de litros e que inclui o volume útil (acima dos níveis de captação) e as duas cotas do volume morto (reserva do fundo das represas, captadas com o auxílio de bombas).

Até então, o índice considerava o volume morto apenas na quantidade disponível, e não na capacidade total –sem ele, o sistema tem capacidade de 1 trilhão de litros de água. Essa é uma das três metodologias que a Sabesp usa atualmente para divulgar o volume do reservatório.

A escassez de água levou o governo Alckmin (PSDB) a antecipar a programação de obras previstas para 2035. A prioridade é construir adutoras que levem água a áreas atendidas pelo Cantareira, o maior sistema da Grande SP, que está em situação crítica desde 2014.

REAJUSTE

Em parecer divulgado no dia 30 de abril, a Arsesp, agência reguladora estadual, indica que não deve aceitar a solicitação da Sabesp de reajustar em 22,7% a tarifa de água.

Por outro lado, para assegurar um "equilíbrio econômico-financeiro" da estatal, poderá rever seu cálculo inicial, que sugeriu um aumento de 13,8% na tarifa de água. A definição do reajuste deve sair nas próximas semanas. O documento trata dos pedidos que a agência recebeu em audiência pública.

A Sabesp dizia que a conta da Arsesp era insuficiente diante de perdas da crise hídrica a partir de 2013. No parecer, a agência diz não poder incluir defasagens desse ano.

Editoria de Arte/Folhapress

OUTROS RESERVATÓRIOS

Além do Cantareira, os níveis dos sistemas Alto Tietê e Rio Claro também permaneceram estáveis.

O nível do sistema Alto Tietê, que abastece 4,5 milhões de pessoas na região leste da capital paulista e Grande São Paulo, opera com 22,4% de sua capacidade. No dia 14 de dezembro, o Alto Tietê passou a contar com a adição do volume morto , que gerou um volume adicional de 39,5 milhões de metros cúbicos de água da represa Ponte Nova, em Salesópolis (a 97 km de São Paulo).

Já o reservatório de Rio Claro, que atende a 1,5 milhão de pessoas, opera com 50,7% de capacidade.

Os níveis dos demais sistemas recuaram ao menos 0,1 ponto percentual em relação a medição do dia anterior. O nível da represa de Guarapiranga, que fornece água para 5,2 milhões de pessoas nas zonas sul e sudeste da capital paulista, opera com 81,4% de capacidade após recuar 0,1 ponto percentual.

Já o Rio Grande, que atende a 1,5 milhão de pessoas, opera com 95,1% de capacidade após recuar 0,2 ponto percentual em relação ao índice do dia anterior. O reservatório de Alto de Cotia, que fornece água para 400 mil pessoas, passou de 65,5% para 65,3% nesta segunda.

A medição da Sabesp é feita diariamente e compreende um período de 24 horas: das 7h às 7h.


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